Nas últimas horas, a proposta de criação do Sur, a moeda comum entre Brasil e Argentina, pegou de surpresa a população dos dois países.
Contudo, a ideia apresentada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández não é a de criar uma espécie de “euro latino” por enquanto.
O objetivo é contar com uma moeda que facilite o comércio entre os países do bloco. Assim, o real e o peso argentino seguirão normalmente na economia dos seus respectivos países.
“Estamos tentando trabalhar para fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países, que sejam feitas em uma moeda comum a ser construída (Sur)”, disse Lula.
Já Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, afirmou que a nova moeda virtual não pretende colocar um fim no real nem no peso argentino. A Sur não seria uma espécie de “euro latino” nem uma moeda única, e sim uma moeda comum.
Contudo, para os especialistas ouvidos pelo Suno Notícias, essa parceria pode beneficiar mais os hermanos do que os brasileiros.
“A Argentina está sem moeda funcional, sem reservas nem crédito no mercado internacional”, afirmou Igor Barenboim, sócio e economista-chefe da Reach Capital.
Segundo ele, os argentinos terão o crédito brasileiro no mercado internacional e não precisarão adquirir dólares para realizar negociações com comerciantes nacionais.