Spotify (S1PO34) entra na onda de demissões e cortará 600 funcionários

O Spotify (S1PO34) anunciou hoje (23) que demitirá 6% de seus funcionários como parte de uma medida mais ampla de redução de custos. Com isso, a startup se junta a outras empresas de tecnologia, como Amazon (AMZO34), Microsoft (MSFT34) e Meta (M1TA34), dona do Google, que anunciaram cortes no quadro de funcionários nas últimas semanas.

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“Nos últimos meses, fizemos um esforço considerável para controlar os custos, mas simplesmente não foi o suficiente”, disse o presidente-executivo do Spotify, Daniel Ek, em carta enviada aos funcionários hoje. “Portanto, embora esteja claro que esse caminho é o certo para o Spotify, isso não o torna mais fácil.”

A empresa com sede em Estocolmo tem cerca de 8,6 mil funcionários em todo o mundo, de acordo com seu site. Ek havia dito no ano passado que as contratações de funcionários do Spotify seriam reduzidas, mas não planejava demitir ninguém.

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Despesas maiores que a receita

Em retrospectiva, fui ambicioso demais ao investir antes do crescimento de nossa receita. Assumo total responsabilidade pelos movimentos que nos trouxeram aqui hoje.

O presidente-executivo do Spotify disse que as despesas operacionais no ano passado foram o dobro de sua receita. Ele chamou as demissões de uma decisão difícil, mas necessária.

Apesar de visar a redução de custos, o corte no quadro de funcionários deverá comprometer em aproximadamente 35 a 45 milhões de euros ao caixa devido a encargos relacionados a indenizações, destaca a Bloomberg News.

Ainda em nota, Ek afirmou que os funcionários demitidos receberão cinco meses de indenização. Ele também anunciou algumas mudanças na diretoria executiva, incluindo a saída da diretora de conteúdo do Spotify, Dawn Ostroff.

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Além do Spotify, veja mais demissões em big techs

O Spotify não está sozinho nas ondas de demissões. Conforme reportado pelo Suno Notícias, a Amazon (AMZO34) planeja uma redução no quadro de funcionários que cortará 18 mil empregos em 2023. Caso seja concretizada, essa demissão em massa poderá ser a maior da história da Amazon e também a maior dentre os anúncios recentes de companhias de tecnologia.

Além disso, recentemente a Microsoft anunciou que desligará 10 mil funcionários em todo o mundo até final de março. Assim como outras empresas de tecnologia, durante a pandemia a big tech expandiu suas operações. De 2019 para cá, mais de 75 mil pessoas foram contratadas pela companhia.

Mesmo que a receita anual da Microsoft tenha crescido 58% nos últimos três anos, os cortes são justificados pela empresa pela incerteza econômica e desaceleração do setor de tecnologia nos EUA.

Já na última sexta-feira (20), a empresa matriz do Google, a Alphabet (GOGL34), anunciou que planeja demitir o total de 12 mil funcionários ao redor do mundo.

“Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12 mil empregos”, disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em um e-mail enviado aos funcionários.

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Segundo o CEO, a decisão se dá em virtude de uma “realidade macroeconômica difícil e distinta”. O motivo é o mesmo que consta em memorandos e anúncios de outras big techs, que sofrem com o aumento de juros nos Estados Unidos, dada a condução da política monetária pelo Federal Reserve (Fed).

Veja abaixo outros cortes em companhias de tecnologia:

  • Adobe (ADBE34): corte de 100 funcionários nos EUA da área de Vendas;
  • Apple (AAPL34)maioria das áreas da empresa tiveram contratações interrompidas;
  • App 99: cerca de 100 funcionários demitidos em 2022;
  • Clicksign: corte de 100 funcionários em 2022;
  • HP (HPQB34): demitirá de 4 mil a 6 mil funcionários até o final de 2025;
  • Intel (ITLC34): demissão de 20% de seu corpo de funcionários em 2022;
  • Loft: corte de 855 funcionários em 2022;
  • PagSeguro (PAGS34): corte de 7% dos funcionários em janeiro de 2023;
  • SalesForce: corte de 10% do quadro de funcionários até o fim de 2024;
  • Twitter (TWTR34): demissão de 3,7 mil funcionários desde o comando de Elon Musk;
  • Vimeo: cortará 11% da sua força de trabalho em 2023.

Com a demissão em massa recém anunciada, o Spotify passa então a entrar para este rol.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Janize Colaço

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