Renda Fixa

Renda fixa 2023: quais os melhores investimentos para este ano?

Suno Notícias

20 de janeiro, 2023

Como ocorreu em 2022, a taxa Selic deve se manter estável em 13,75% ao ano ainda por um tempo em 2023. Isso mantém atrativos os investimentos em renda fixa.  

Mesmo com o cenário econômico internacional e a incerteza política no campo doméstico favorecendo investimentos de baixo risco, para Bruno Piacentini, economista, CEA, CNPI-T, sócio e professor da Eu me Banco, a melhor estratégia para qualquer perfil de investidor e cenário continua sendo a diversificação da classe de ativos, o que inclui a renda fixa na carteira.

“Muitos investidores cometem o erro de não diversificar seu capital e buscam ondas nas oscilações de cenário. Mas, até mesmo quando a Selic chegou a 2% ao ano em sua mínima histórica, era importante a utilização da renda fixa no portfólio”, avaliou em entrevista à Suno.

Renda fixa e a Selic Em linha com o Boletim Focus, Piacentini acredita que a taxa básica de juros somente diminuirá no final de 2023 e início de 2024. Dessa forma, a escolha da carteira de investimentos também vai depender do perfil do investidor e cenário: “A renda fixa não é única: os ativos financeiros podem rentabilizar o investidor de forma prefixada, pós-fixada ou até mesmo híbrida (mescla das duas anteriores)”, pontuou

Para o especialista de análise de ações, apesar de ainda não estar claro sobre o movimento de baixa da Selic, ele acredita que neste ano já haverá uma queda dos juros.

Diante das incertezas atuais, o economista destacou que os ativos prefixados de renda fixa possuem alto risco para o investidor, por causa da marcação a mercado. Mas esses títulos conseguem mostrar exatamente quanto o investidor receberá no vencimento.

Tesouro Prefixado Nobre ressaltou também que buscaria títulos isentos de Imposto de Renda (IR), caso de LCI, LCA, CRI, e CRA: “Para o investidor, há vários papéis como esses, com emissão de IPCA+7%, IPCA+8%, CDI+2%, CDI+3% – bem atrativos. Claro que deve se considerar o risco de crédito associado e investir em cada um desses papéis, porque não é risco do governo, mas a gente tem visto empresas sólidas e com bons emissores praticando taxas bem competitivas”, disse.

O profissional de análise de ações também deu destaque para as letras bancárias, caso do Certificado de Depósito Bancário (CDB). O CDB tem como referência o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e 100% do título está atualmente rendendo 13,65% ao ano.

Os ativos pós-fixados são os mais indicados para este momento, de acordo com o economista, pois não sofrem com a marcação a mercado e possuem uma boa projeção de pagamento, diante do cenário macroeconômico atual e suas projeções.

CDBs de bancos médios e Tesouro Selic Os investimentos em renda fixa campeões em rentabilidade são os CDBs de bancos médios. Em 2022, esses títulos privados renderam em torno de 8,26%. Com taxas pós-fixadas, esses produtos “surfaram” com a alta da taxa Selic, sendo que muitos desses títulos são indexados ao CDI e ainda possuem uma taxa “extra”.

No geral, os bancos médios possuem maior grau de risco que os bancos mais consolidados, por isso o mercado exige um prêmio maior em relação aos seus produtos de renda fixa. No entanto, os investimentos em produtos bancários possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Em segundo lugar, o Tesouro Selic segue forte, com rentabilidade de 7,16%. Com a garantia do tesouro soberano, esse título possui muita segurança e liquidez.

Pós-fixados Vinicius Romano, analista de Renda Fixa da Suno Research, explicou como funciona esse cenário em entrevista ao Suno Notícias. Com o aumento do risco fiscal dados os acontecimentos recentes, investidores discutem as possibilidades de alocação, especialmente em renda fixa.

Segundo Romano, a melhor opção no momento é por títulos de renda fixa que sejam pós fixados. “O pós-fixado acaba sendo mais seguro e, nesses momentos, o mais atrativo, já que você está indexado. E se nesses momentos o Banco Central é autônomo é a ‘principal defesa’, acho que o pós-fixado é uma alocação quase que estrutural na carteira de todo mundo”, comenta.