Fed: dificuldades de contratação e remunerações elevadas continuam
A empregabilidade cresceu de forma “modesta a moderada” na maior parte dos nos Estados Unidos. Pelo menos é isso que o Livro Bege do Federal Reserve (Fed) revelou nesta quarta-feira (18). O sumário das condições econômicas do país serve de insumo para as decisões de política monetária da instituição.
De acordo com o Fed, enquanto alguns distritos relataram aumento na oferta de mão de obra, empresas continuam informando dificuldades em preencher as vagas abertas. Além disso, elas se recusam a demitir funcionários apesar da redução na demanda.
Com o mercado de trabalho apertado, as remunerações permanecem elevadas, segundo o Livro Bege do Fed. Junto a isso, alguns empregadores observaram que ainda é necessário oferecer benefícios aprimorados e bônus para atrair e manter funcionários.
Interrupções na cadeia de abastecimento
Empresários do setor industrial relataram que as interrupções na cadeia de abastecimento diminuíram e que a atividade do setor caiu “modestamente” nas últimas semanas. A informação também consta no Livro Bege do Fed.
De acordo com o sumário das condições econômicas dos EUA, os banqueiros também relataram que a demanda por hipotecas residenciais permaneceu fraca.
Já a atividade imobiliária comercial abrandou “ligeiramente”, com enfraquecimento mais notável no mercado de escritórios. No geral, entretanto, o relatório indica que a atividade econômica permaneceu “relativamente inalterada” desde o último relatório, publicado no último 30 de novembro.
Dirigente do Fed defende juros acima de 5%
Na semana passada, o dirigente do Fed, presidente da distrital do Federal Reserve em St. Louis, James Bullard, estimou que os juros básicos devem superar 5% nos Estados Unidos a fim de pressionar a inflação de forma consistente.
Para ele, o ideal é que a autoridade monetária aumente a taxa básica dos Estados Unidos a esse nível “o mais rapidamente possível”. Atualmente, as Fed Funds estão entre 4,25% e 4,50%.
O presidente da distrital de St. Louis reconheceu que a escalada dos preços nos EUA está “moderando”, mas alertou para o que considera “otimismo excessivo” de que a inflação cairá à meta 2% rapidamente. “A história da inflação mostra que não é assim”, afirmou.
Sobre a atividade econômica, o dirigente do Fed destaca que o crescimento no quarto trimestre ficou acima da tendência histórica. Segundo ele, os norte-americanos ainda dispõem de alto nível de poupança, o que ajuda o consumo.
Com informações do Estadão Conteúdo