Oi (OIBR3) registra alta de 3% após grupamento de ações e papel abandona penny stocks
As ações da Oi (OIBR3) foram grupadas nesta segunda (9). Após a valorização inicial, que fez com que esses ativos deixassem de ser penny stocks (quando uma ação é comercializada por menos de R$ 1), os papéis foram negociados com altas superiores a 5% no intra-dia.
As ações da Oi fecharam hoje (9) em alta de 3,12%, negociadas a R$ 1,65.
O grupamento de ações ocorreu na proporção de dez para um. Na sexta (6), último dia antes da união dos papéis, o ticker OIBR3 fechou o pregão sendo negociado a R$ 0,16.
O grupamento de ações da Oi foi aprovado pelos acionistas da empresa em dezembro de 2022.
Nessa iniciativa, cada lote de 10 ações foi grupado em uma única ação da Oi de mesma espécie — regra válida tanto para OIBR3 como para OIBR4.
O grupamento também permite que os papéis da empresa voltem a atender um dos critérios para que sejam elegíveis à composição de índices de mercado, como o índice Bovespa da B3.
Oi: empresa quer separar “filé” do “osso”
Com o fim da recuperação judicial, a Oi estuda separar as operações da Oi Fibra em uma nova empresa independente, batizada temporariamente como ClientCo.
Segundo informações divulgadas pela Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, o projeto da companhia telefônica prevê que o “filé” do grupo seja desmembrado, enquanto o “osso” segue dentro da companhia.
Assim, os ativos da Oi Fibra, que são a base de clientes, canais de comunicação, venda e atendimento e os sistemas para a prestação do serviço de banda larga, iriam para esse novo negócio, enquanto o “osso”, as unidades responsáveis pela telefonia fixa, TV por assinatura e as subsidiárias de manutenção de redes e call center, ficariam na empresa-mãe.
Em 2022, a operação da Oi Fibra conta com lucro operacional estimado de R$ 238 milhões e existe a previsão de que esse braço da Oi chegue a R$ 1,6 bilhão em 2024. Já o “osso” amarga um prejuízo operacional de R$ 92 milhões no ano passado, e a previsão é de que essa área consuma bem mais de R$ 1 bilhão de caixa nos próximos dois anos.
A Oi Soluções, responsável pelos serviços de tecnologia da informação e de conectividade para empresas, também seguiria dentro da empresa-mãe. Ao contrário do “osso”, esse negócio fecha no azul, com lucro operacional estimado de R$ 640 milhões em 2022.
Procurada pela publicação, a Oi não quis se manifestar sobre o caso.