Ibovespa cai aos 108 mil pontos após vandalismo em Brasília
O Ibovespa opera em queda de 0,03% na abertura de mercado desta segunda-feira (9), aos 108.933 pontos, um dia após ataques que depredaram o Congresso, a Suprema Corte e instalações do Poder Executivo.
O Ibovespa hoje lida com um cenário político incerto após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretar intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastar o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha.
Especialistas do JPMorgan destacam que a situação foi inusitada.
“Nada nos preparou para as imagens que vimos em nossas televisões: a depredação dos prédios que representam os três ramos da governo: a Suprema Corte, o Congresso e o Palácio Presidencial”, afirmar os especialistas, em relatório.
A expectativa é de que “Lula saia encorajado”, e que a agenda econômica possa “ir mais longe” com a radicalização do discurso.
Fora do radar político, as bolsas internacionais operam em alta, com 0,45% de valorização no S&P e 0,32% de alta no Dow Jones.
Além disso, o dólar sobe, 072% aos R$ 5,299.
Nas commodities, o petróleo Brent – referência para a Petrobras – sobe 3%. Já o minério de ferro cai a US$ 121 com novos esforços da China em conter “especulações com preços”.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje
- Radicais invadem Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal
- Petrobras aumenta segurança após ameaças
- Petróleo sobe com otimismo na China
Vandalismo em Brasília
Manifestantes extremistas que questionam o resultado das eleições presidenciais de 2022 e a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furaram o bloqueio feito pela Força Nacional e pela Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram neste domingo (8) os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e também o Palácio do Planalto, em Brasília.
A invasão no DF ocorreu no meio da tarde. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os radicais entrando em confronto com as forças de segurança e ocupando a parte externa do edifício do Congresso, a partir da rampa.
Petrobras aumenta cautela após ameaças
A Petrobras (PETR4) está reforçando suas medidas de segurança após verificar ameaças de invasão e de ataques às suas instalações, segundo fontes anônimas disseram à Agência Reuters.
As ameaças de ataque à Petrobras teriam sido feitas em redes sociais por vândalos, na toada da invasões e atos de depredação feitos no domingo (9) em Brasília.
As medidas da estatal, segundo as fontes, tem viés de precaução para proteger as refinarias e instalações da Petrobras.
Ainda no domingo (8) a companhia havia emitido nota destacando que as refinarias e seus ativos “operam normalmente”.
“A Petrobras está tomando todas as medidas preventivas e de proteção necessárias, conforme procedimento padrão”, disse a companhia em comunicado.
Petróleo dispara e puxa empresas do setor
O petróleo Brent sobre 3%, na mesma magnitude que o West Texas Intermediate (WTI).
A commodity opera em forte alta após sinalizações da China acerca da reabertura de fronteiras que poderiam aumentar a demanda.
Até então a China, o maior importador global da commodity havia mantido uma grande rigidez por conta da Covid-19.
O movimento puxa os papéis do segmento na bolsa, mantendo-os na ponta positiva do índice na liderança das altas.
A exceção é a Petrobras, que opera em alta menor, de 0,7%, em meio ao caos político e às notícias de segurança das refinarias.
Maiores altas do Ibovespa
- RRRP3: +3,3%
- PRIO3: 3,1%
- EMBR3: +2,6%
- TOTS3: +1,9%
- TAEE11: +1,4%
Maiores baixas do Ibovespa
- HAPV3: -3,4%
- CYRE3: -2,7%
- EZTC3: -2,8%
- SOMA3: -2,5%
- MRVE3: -2,2%
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (6) em alta de 1,23%, a 108.964 pontos.