Bancos da Argentina venderão dólar para tentar estabilizar o câmbio

O Banco Central (BC) da Argentina adotou nesta quinta-feira (15) uma medida para estabilizar o câmbio no país.

A estratégia foi motivada pela desaceleração econômica da Argentina após os resultados das eleições prévias do último domingo (11). Agora, os contratos de dólares futuros dos bancos do país serão limitados a um teto de 5% em relação ao ano anterior.

Além disso, o BC estabelecerá um valor máximo de moeda estrangeira que os bancos poderão ter em espécie.

Dessa forma, as instituições financeiras deverão vender parte dos dólares que possuem. A expectativa do governo é que a venda aumente a oferta de dólares, reduzindo a cotação do câmbio no mercado argentino.

Antes dessa nova medida, os bancos possuíam um teto que considerava tanto a quantidade em dinheiro quanto as operações futuras. O dólar futuro consiste em um acordo de compra e venda da moeda norte-americana por um valor pré-estabelecido.

Bolsa e peso argentino

Após três dias de resultados negativos, os indicadores econômicos da Argentina começaram a apresentar resultados melhores. O peso argentino está operando em alta de 4,7%, às 15h20, negociado a R$ 0,07 (ou US$ 0,01).

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O indicador Merval, principal da bolsa argentina, também voltou a registrar alta nesta quinta. O índice está operando em alta de 3.57%, com 30,989.83, por volta das 15h10.

Após a derrota de Mauricio Macri nas eleições prévias, a Bolsa de Valores do país chegou a cair mais de 34%, na segunda-feira (12). Ademais, no mesmo dia, o peso argentino caiu 30,4%.

Eleições prévias na Argentina

No último domingo (11), o presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi derrotado nas eleições primárias. Macri perdeu para a chapa de Alberto Fernández, candidato de centro-esquerda, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner.

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Fernández, do partido Frente de Todos, obteve 47,36% dos votos. Em contrapartida, Macri, do Propuesta Republicana, obteve apenas 32,23%.

Macri declarou que conversou com Fernández via telefone após a derrota.

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“Acabamos de ter uma boa e longa conversa telefônica com Alberto Fernández. Ele prometeu colaborar de todas as maneiras possíveis para que esse processo eleitoral e a incerteza política que isso gera afetem o mínimo possível a economia argentina”, escreveu o atual presidente da Argentina.

Giovanna Oliveira

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