Ibovespa opera em alta e tenta sustentar os 109 mil pontos
O Ibovespa opera em alta na manhã desta quarta-feira, 28, e tenta sustentar o nível de 109 mil pontos, após duas sessões de queda na terça-feira, 27, e na segunda, 26.
Às 11h26, o Ibovespa subia 1,12%, aos 109.902 pontos, após máxima de 110.222 pontos e mínima de 108.578 pontos.
Pela manhã, além da alta do Ibovespa, os principais índices setoriais da B3 tinham ganhos, com destaque para industrial, consumo e imobiliário.
Às 9h30, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram criação líquida de 135.495 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, abaixo da estimativa mediana do mercado, de geração de 146.400 vagas. O estoque de empregos formais no País atingiu 43.144.732, um nível recorde segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Lucio Capelletto.
“Por aqui, o noticiário político e dados de mercado de trabalho devem ser o foco de hoje, com o fim da desoneração de combustíveis levando investidores a reavaliar os riscos de inflação e o cenário de juros local, o que deve pesar sobre a performance do Ibovespa, além das quedas no petróleo e minério”, escreve o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, em relatório.
Ontem, a assessoria da equipe econômica informou que o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pediu que a desoneração de impostos federais sobre combustíveis não seja renovada, a partir de um desejo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem uma ação do atual governo, a zeragem de PIS, Cofins e Cide sobre os combustíveis vai até 31 de dezembro.
Nas contas da estrategista de inflação da Warren Renascença, Andréa Angelo, o fim das desonerações a partir de 1º de janeiro tem o potencial de adicionar até 0,75 ponto porcentual ao IPCA de 2023. A estimativa está em linha com a de outros analistas consultados pelo Broadcast, que enxergavam impacto entre 0,6 e 0,8 ponto desse quadro na inflação.
O mercado também continua a acompanhar as negociações para a composição dos ministérios do presidente eleito. A notícia de que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou o convite para comandar o Planejamento, ontem, não foi suficiente para impedir a deterioração dos ativos domésticos. O Ibovespa fechou em queda de 0,15%, aos 108.578,20 pontos.
“Ainda que seu nome Tebet possa agradar, persistem dúvidas sobre sua influência na condução da economia, ampliadas pela confirmação de que o PPI estará sob controle da Casa Civil comandada pelo petista Rui Costa. Assim, a tendência é que persista um ambiente apreensivo, mantendo os ativos domésticos sem espaço para avanços consistentes”, afirma o economista da Tendências Silvio Campos Neto, em relatório.
Principais altas e baixas do Ibovespa no início desta quarta
Às 11h26, as maiores altas do Ibovespa foram:
- Americanas (AMER3): 5,46%
- YDUQS (YDUQ3): 4,95%
- Alpargatas (ALPA4): 4,08%
- São Martinho (SMTO3): 3,62%
- Magazine Luiza (MGLU3): 3,57%
Já as maiores baixas do Ibovespa no mesmo horário foram:
- Pão de Açúcar (PCAR3): -1,13%
- CPFL Energia (CPFL3): -0,71%
- Tim Brasil (TIMS3): -0,65%
- Sabesp (SBSP3): -0,23%
No acumulado de dezembro até o horário indicado, o Ibovespa apresentava queda superior a 2%. Apesar disso, o principal índice da B3 registra alta anual acima de 4%.
Com Estadão Conteúdo