Com reserva em caixa, MXRF11 pode ‘recuperar’ dividendos no próximo mês

O fundo imobiliário MXRF11 divulgou seus resultados nesta última segunda-feira (26). Com resultados menores em comparação aos meses anteriores, o Maxi Renda ainda possui reservas em caixa. Esse valor pode ser tanto para novos investimento quanto para complementar os rendimentos do FII.

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Como os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) do seu portfólio pagam juros e amortização, o FII possui hoje uma reserva acumulada de correção monetária da ordem de R$ 21,65 milhões, o equivalente a R$ 0,096 por cota.

Em entrevista ao Suno Notícias, André Masetti, o responsável pela gestão do fundo, disse que a parcela de correção monetária é geralmente utilizada para novos investimentos do Maxi Renda.

Porém, nada impede que esses recursos sejam distribuídos entre os cotistas em forma de rendimentos. Isso pode recuperar os rendimentos do fundo na próxima distribuição.

Em 2022, o FII Maxi Renda aumentou sua distribuição de rendimentos, mesmo com a deflação de agosto a setembro. Enquanto a maioria dos fundos de papel viram seus ganhos se reduzirem durante três meses, o MXRF11 manteve seu dividend yield mensal entre 0,97% a 1,22%.

Porém, o fundo da XP Asset também sentiu os efeitos do IPCA negativo. No mês de dezembro, os rendimentos do MXRF11 foram de R$ 0,08 por cota, totalizando R$ 18,06 milhões.

Desse total, as operações de permutas financeiras distribuíram no mês R$ 1,04 milhão de rendimentos. No book de CRI, que possui o maior montante de investimentos do fundo, o resultado caixa foi de R$ 15,76 milhões. No book de FII o resultado foi de R$ 2,58 milhões.

O MXRF11 continua fazendo a reciclagem de sua carteira

No mês de outubro, a gestão seguiu com a estratégia de reciclagem de portfólio. O objetivo do fundo é se desfazer de operações com taxas de retorno menores e adquirir novos ativos com prêmios maiores. Por isso, o MXRF11 realizou algumas vendas, desinvestindo nos seguintes ativos CRI Vitacon e TOEX | Cargill.

Na ponta compradora, o Maxi Renda adquiriu R$ 40,00 milhões do CRI Assaí/GIC II. Ainda no mesmo mês, o CRI brMalls teve decretado seu resgate antecipado facultativo.

Em sua carteira de fundos imobiliários, o Maxi Renda fez operações táticas, visando ganho de capital no futuro. Dentro do mês, o FII adquiriu R$ 6,00 milhões do FII TG Ativo Real (TGAR11) e R$ 11,01 milhões no FII Lago da Pedra (LPLP11). Esse último já fazia parte do portfólio do MXRF11.

Gestora segue confiante com 2023

O gestor do MXRF11 disse ao Suno Notícias que o cenário econômico do próximo ano segue com incertezas, mas que os fundos imobiliários também terão oportunidades.

Como as taxas de juros estão mais elevadas, Masetti explica que o mercado fica mais difícil. Porém, o fundo pode adquirir CRIs com taxas melhores, o que traz maior retorno através dos juros.

A possibilidade de ganho de capital com a venda de CRIs é maior quando os juros chegam a patamares menores. Ou seja, mesmo com um cenário ainda nebuloso, a gestão do MXRF11 segue confiante.

O fundo continuará com sua estratégia de fazer o giro de sua carteira, buscando captar taxas maiores para seus ativos. De igual modo, o MXRF11 continuará firme na originação e estruturação de novos ativos.

Caso o patamar de juros entrem em rota de queda em 2023, a gestora do MXRF11 se abrirá para uma possível emissão de cotas. Mas isso dependerá de como o mercado se comporta diante dos novos desafios do próximo governo.

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Gustavo Bianch

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