Cemig deve ser privatizada para deixar de ser um ônus, diz Romeu Zema
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG) afirmou que a Cemig (CMIG4) deve ser privatizada. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (12) durante a 20ª Conferência Anual do Santander.
O governador afirmou que a estatal energética necessita de R$ 21 bilhões em investimentos nos próximos anos. No entanto, a Cemig possui apenas R$ 6 bilhões em caixa. Portanto, a privatização é necessária para que a empresa deixe de ser um “ônus para os mineiros”.
“Será que um Estado quebrado vai conseguir colocar esses R$ 15 bilhões que faltam? Ou se privatiza a Cemig, ou ela vai continuar sendo um ônus para os mineiros”, declarou Zema.
Segundo ele, os problemas envolvendo a estatal não terminam no valor dos investimentos. O governador disse ainda que compra e venda de energia em Minas Gerais são prejudicadas pelo longo prazo de espera apresentado pela companhia.
“Tem gente querendo comprar energia de um lado, gente querendo vender de outro e no meio temos esse obstáculo chamado Cemig, que esqueceu o motivo pelo qual existe”, disse o governador.
Em abril, Zema já havia declarado que a privatização da estatal deve ser aprovada ainda neste ano.
Outras privatizações no estado
O governador falou também sobre o intuito de realizar outras privatizações em Minas Gerais. Conforme Zema, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), precisa passar por uma regulamentação federal para que seja privatizada.
Contudo, Zema ressaltou que a privatização da estatal ocorrerá e dará segurança jurídica aos habitantes do estado.
Além disso, o governador afirmou que as rodovias que passam por 115 cidades do estado serão administradas pelo setor privado. A desestatização deve gerar R$ 7 bilhões em um período de 25 anos.
Venda da participação da Cemig na Light
A Cemig reduziu sua participação na companhia elétrica Light, no dia 18 de julho deste ano. A companhia detinha 49,99% da elétrica e agora terá 22,6%, após a oferta pública de ações.
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De acordo com a Light, a negociação movimentou 100 milhões de novos papéis da empresa e outros 33,33 milhões que pertenciam a estatal. O valor de cada ação foi fixado em R$ 18,75.
A Cemig declarou que a venda de sua participação na Light faz parte do programa de desinvestimentos da empresa, que está em execução e já havia sido divulgado ao mercado.