Petrobras (PETR4) domina leilão do pré-sal; governo arrecada R$ 916 mi com operação

A Petrobras (PETR4) dominou o leilão do pré-sal promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta (14). Dos quatro lotes arrematados, três contam com participação da petroleira nacional. No total, o governo arrecadou R$ 916 milhões com essa operação.

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“Hoje obtivemos um bom resultado para o Brasil. O valor da arrecadação em bônus de assinatura representa 72% do máximo que poderiam ser arrecadados, caso todas as áreas tivessem sido arrematadas. Com isso, garantimos investimentos mínimos de R$ 1,44 bilhão, que vão resultar em atividade econômica, empregos e renda para os brasileiros”, afirmou Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP.

Foram disponibilizados onze bacias, mas apenas quatro áreas do pré-sal foram arrematadas. Para Saboia, esse resultado mostra que áreas de maior potencial atraíram as empresas de exploração de produção de petróleo e gás.

Sozinha, a Petrobras conseguiu o bloco do Norte de Brava, localizado na Bacia de Campos. A estatal ofereceu 61,71% do percentual de óleo para a União e levou a área. Ainda em Campos, o consórcio formado por Petrobras (30%), TotalEnergies EP (30%), Petronas (20%) e QatarEnergy (20%) ficou com o bloco da Água Marinha.

“Em Água Marinha, o percentual mínimo de excedente em óleo foi superado em 220% e, no caso de Norte de Brava, o percentual ofertado teve um ágio de quase 171,73% em relação ao mínimo. Com isso, garantimos mais recursos para a sociedade brasileira também no longo prazo, por meio de uma maior arrecadação sobre o lucro da produção de petróleo decorrente do leilão”, afirmou Saboia.

Na Bacia de Santos, o bloco do Sudoeste de Sagitário ficou com o consórcio formado pela Petrobras (60%) e pela Shell Brasil (40%), enquanto o bloco Bumerangue será operado integralmente pela BP Energy.

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Leilão do pré-sal

Esse leilão do pré-sal foi o 1º ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), modalidade em que as áreas ficam à disposição do mercado. São ofertados em leilão após manifestação de interesse de uma petroleira.

Como no antigo modelo de partilha, vence a empresa que oferecer o maior excedente em óleo para a União e há pagamento do bônus de assinatura pré-fixado para cada ativo.

A OPP substitui o processo de licitação no modelo de partilha organizado pelo Estado, que teve seis rodadas organizadas unilateralmente pelo Estado até a implementação da lógica de oferta permanente.

A Petrobras exerceu o direito de atuar como operadora em Norte de Brava com o porcentual mínimo, de 30%. Os demais blocos, dizem fontes do setor, podem não ser demandados mais uma vez.

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Em que pese o preço alto do barril de petróleo e a perspectiva de manutenção de bons preços no curto e médio prazos, o mercado não tem demonstrado apetite pelos ativos e as empresas preferem o modelo de concessão, em que não dividem o óleo lucro com o Estado.

Marcelo de Assis, analista de óleo e gás da Wood Mackenzie, projetava um “sucesso limitado” para o leilão, com alguns blocos “dando vazio”, sobretudo os que já foram ofertados outrora.

“São áreas que, geologicamente, já foram olhadas e têm vários riscos que se materializaram em outros blocos do pré-sal. São áreas menores, algumas têm problemas de reservatório, outras de fluido. Fora que o filé mignon do polígono já foi e, em alguns casos, nunca entregou o resultado esperado”, pontuou.

As ações da Petrobras operavam em queda de 0,27% por volta das 17h50, sendo comercializadas por R$ 21,98, segundo o Status Invest.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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