Banco Central indica possibilidade de novo corte na taxa Selic

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (6) a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu na última quarta-feira (31) reduzir a taxa básica de juros (Selic).

Nesta ata o Banco Central indica a possibilidade de novo corte na taxa Selic. De acordo com o documento, a desaceleração da economia global permanece. Dessa forma, o cenário pressupõe que a taxa básica de juros encerre o ano em 5,50%.

“Esse cenário [economia global] supõe, entre outras hipóteses, a trajetória de taxa Selic que encerra 2019 em 5,50% a.a e permanece nesse patamar até o final de 2020”, informou a ata.

Além disso, os membros do Copom avaliaram que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permanecerá estável ou apresentará “ligeiro crescimento no segundo trimestre”.

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Economia nacional

Os diretores do BC acreditam que a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep trarão estímulos à economia nacional. Dessa forma, a retomada do crescimento será gradual.

Além disso, os membros do Copom debateram a respeito da necessidade de reformas e ajustes fiscais para impulsionar os investimentos. Eles reiteram que esses ajustes trarão sustentabilidade à trajetória fiscal futura.

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Dessa forma, “ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, essas reformas tendem a estimular o investimento privado”.

Os analistas entenderam que para uma aceleração do ritmo de retomada da economia para patamares “mais robustos” dependerá de outras iniciativas que visam:

  • aumento de produtividade;
  • ganhos de eficiência;
  • maior flexibilidade da economia;
  • e melhoria do ambiente de negócios.

“Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, informou o Banco.

Inflação

De acordo com a pesquisa do Boletim Focus as expectativas de inflação para 2019, 2020, 2021 e 2022 encontram-se em 3,8%, 3,9%, 3,75% e 3,50%.

O Comitê analisa que a agenda de reformas tem sido benéfica ao cenário interno, desse modo, a inflação poderá ser abaixo da meta em 2020.

“Destacaram a importância dos avanços concretos na agenda de reformas e ajustes necessários na economia brasileira, que são fundamentais para a manutenção do ambiente benigno para a a inflação prospectiva”.

Reforma da Previdência

Os analistas consideram que a aprovação da reforma da Previdência é essencial para o andamento da economia, visto que, os gastos do governo são reduzidos, “aumentando a poupança pública”.

“Além disso, gera incentivos para aumento da taxa de poupança por parte da população, visando sustentar um certo padrão de consumo após a aposentadoria”.

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De acordo com o documento, a reforma da Previdência:

  • reduz componente livre de risco da taxa de juros;
  • reduz componente de prêmio de risco;
  • induz aumento da oferta de trabalho;
  • estimula investimentos privados;
  • e contribui para redução gradual da taxa de juros estrutural da economia.

“O Comitê reitera sua visão de que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia”, informou ata do Banco Central.

Poliana Santos

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