Ibovespa fecha em leve alta após anúncio de novas tarifas contra a China

O Ibovespa fechou em leve alta nesta quinta-feira (01) após anúncio de novas tarifas alfandegárias contra a China por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No começo do dia o Ibovespa operava em alta de cerca de 2%, quando o anúncio do mandatário norte-americano gerou uma forte queda. No final do dia, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 0,31%, cotado a 102.125 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 25,682 bilhões.

Além disso, ficaram no radar dos investidores os resultados de importantes empresas brasileiras e internacionais, divulgados nesta quinta. Entre elas, a BR Distribuidora, a Gol e a Avon.

Novas tarifas alfandegárias contra a China

O presidente norte-americano Donald Trump afirmou que os Estados Unidos irão taxar US$ 300 bilhões em produtos da China que ainda não foram tarifados. A declaração ocorreu nesta quinta através de uma publicação no Twitter.

Em mais um capítulo da guerra comercial, as novas tarifas serão de 10% sobre os produtos chineses que entram nos EUA. Segundo Trump, as taxas não valerão para os US$ 250 bilhões em produtos e bens que já foram tarifados em 25%.

As tarifas entrarão em vigor no dia 1 de setembro e poderão chegar até 25%. Apesar da medida, o mandatário afirmou que pretende continuar dialogando com a China.

“Estamos ansiosos para continuar nosso diálogo positivo com a China sobre um acordo comercial e sentir que o futuro entre os dois países será brilhante”, escreveu Trump no Twitter.

Após os tweets de Trump, o dólar subiu e chegou a atingir R$ 3,8549 às 15h10. Nesse mesmo horário, o Ibovespa despencou da casa dos 104 mil pontos para 102.512,14 pontos.

BR Distribuidora influencia Ibovespa

A BR Distribuidora divulgou seu balanço do segundo trimestre deste ano. A companhia registrou lucro líquido de R$ 302 milhões, elevação de 14,8% em comparação com o mesmo período no ano passado.

Saiba mais: BR Distribuidora registra lucro líquido de R$ 302 milhões, alta de 15% 

“O desempenho da companhia no segundo trimestre de 2019 é marcado principalmente pelo crescimento do volume de vendas na comparação com o primeiro trimestre do ano, (+2,4%) em função do incremento nas vendas de diesel e também no ciclo OTTO”, informou a BR Distribuidora em seu comunicado.

Além disso, a companhia reitera a importância da venda de suas ações para o resultado.

“Em 26 de julho de 2019, foi concluída a oferta secundária de ações da BR Distribuidora. Esse foi um importante marco na história da companhia que gera inúmeras possibilidades de potencializar sua agenda de criação de valor, com maior agilidade, flexibilidade e foco”, informou a distribuidora.

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O objetivo da BR é a implantação de 10 de iniciativas que conforme a empresa “deverão trazer um novo nível de rentabilidade para seus negócios”, são eles:

  1. Sistema de precificação e alocação de capital (Pricing);
  2. Processo de aquisição de produtos (Sourcing);
  3. Otimização logística e de transporte;
  4. Gestão de despesas;
  5. Gestão de pessoas;
  6. Marketing e Relacionamento;
  7. Gestão de portfólio;
  8. Conveniência;
  9. Lubrificantes;
  10. Serviços financeiros e de fidelidade.

Avon registra prejuízo

A empresa de cosméticos norte-americana, Avon, divulgou seu balanço do segundo trimestre deste ano. A empresa registrou prejuízo líquido de US$ 19,5 milhões, em comparação de mesmo período com o ano anterior, uma melhora de 46%.

Saiba mais: Avon registra prejuízo líquido de U$ 19,5 milhões, melhora de 46% 

Entre abril e junho do ano passado, o prejuízo líquido da Avon ficou registrado em US$ 36,1 milhões. De acordo com a última cotação do dólar, valor correspondente a R$ 137,93 milhões.

A receita total da empresa teve retração de 13% quando comparado com o ano anterior. Valor equivalente a US$ 1,17 bilhão. A companhia de cosméticos reportou que as vendas na America Latina representou uma queda de 21%. A Europa, Oriente Médio e África, caíram 15%.

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A empresa americana de cosmético foi comprada pela empresa brasileira Natura.

Gol também tem prejuízo

A Gol divulgou o prejuízo líquido da empresa, do segundo trimestre. O valor ficou em R$ 120,8 milhões, uma melhora de 90,5% em relação ao período igual do ano passado. A receita da companhia aérea aumentou 33% neste trimestre, na comparação ano a ano, um percentual recorde. O valor da receita foi de R$ 3,14 bilhões.

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A receita operacional líquida, da Gol, por assento e quilômetro ofertado (Rask) teve avanço de 25% ante ao segundo trimestre do ano passado. Sendo assim, o valor registrado foi de R$ 0,27.

“Atualmente, as tendências de receita e reservas de passageiros permanecem fortes, e a companhia espera que o RASK do terceiro trimestre de 2019 aumente de 11% a 13%, em comparação com o terceiro trimestre de 2018”, informou a Gol em um comunicado sobre seu desempenho trimestral.

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O custo unitário baseado no custo por assento e quilômetro ofertado (Cask) teve crescimento de 13,6%, para R$ 0,24. Isso aconteceu devido ao valor de custo do combustível, que teve aumento.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, quarta-feira (31), o Ibovespa encerrou em queda de -1,09% a 101.812,13 pontos.

Carlo Cauti

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