IRB (IRBR3) votará grupamento de ações em 30 para 1; papéis caem 6%
O IRB (IRBR3) convocou Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para votar seu grupamento de ações em proporção de 30 para 1. A convocação foi feita nesta quinta-feira (1º). Nesse contexto, os papéis da empresa caem 6,67% no Ibovespa, dentre as maiores quedas do intradia.
A Assembleia do IRB será realizada no dia 22 de dezembro de 2022, às 11 horas (horário de Brasília), de modo exclusivamente digital. Com a medida, a companhia quer se enquadrar no regramento da B3 (B3SA3), que prevê valor mínimo de R$ 1 por ação.
Além do grupamento de ações do IRB, os acionistas também devem votar a alteração do estatuto social da resseguradora.
Isso, como forma de ajustar o valor do capital social em termos de ações em emissão, dado o aumento de capital por meio de follow-on feito ainda em setembro.
Vale lembrar que após isso os investidores terão prazos para ajustar suas posições acionárias.
Por fim, a Assembleia deve ratificar a eleição de Israel Aron Zylberman como membro efetivo do conselho de administração da companhia, conforme comunicado em outros documentos arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Cotação de IRBR3
Atualmente cada uma das ações do IRB está cotada em R$ 0,70, representando uma queda de 30% no acumulado dos últimos 30 dias.
Além disso, no acumulado de 2022 os papéis sofrem uma retração de 78%.
Analistas veem ‘desafios severos’ no IRB
Ainda em novembro os analistas do BB Investimentos atualizaram o preço-alvo das ações do IRB (IRBR3) para R$ 1 ao final de 2023, mantendo a recomendação de venda para os papéis.
“Mesmo após a mudança de administração em 2020, os sucessivos prejuízos, impulsionados principalmente pela alta sinistralidade dos ramos vida e rural, seguem dificultando nossa visibilidade a respeito da operação da companhia”, disse o BB Investimentos.
Além disso, o BB-BI entende que ainda há a possibilidade de se fazer necessária uma nova emissão de ações do IRB, caso os índices de liquidez da companhia se desenquadrem novamente nos próximos trimestres. Isso causaria nova diluição dos acionistas que não participarem da eventual subscrição, diz o banco de investimentos.
