Dólar fecha em alta mesmo com corte dos juros do Fed
O dólar fechou em alta de 0,70% nesta quarta-feira (31), cotado a R$ 3,817. A moeda norte-americana subiu mesmo após a decisão de corte das taxas de juro por parte do Federal Reserve (Fed).
O dólar também foi influenciado a expectativa de corte da taxa básica de juros por parte do Banco Central brasileiro (BC).
Além disso, influenciaram a cotação da moeda norte-americana a divulgação da taxa de desemprego por parte do IBGE no segundo trimestre de 2019 e a divulgação de uma série de balanços de empresas.
Taxas de juros nos Estados Unidos
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, sigla em inglês) do banco central norte-americano, diminuiu a taxa de juros dos Estados Unidos pela primeira vez desde a crise econômica de 2008. Os juros dos EUA agora são de 2% a 2,25% ao ano.
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As implicações de desdobramentos globais para a economia e as pressões inflacionárias fracas foram apontadas como os motivos principais para o corte.
Contudo, o Fed não pretende continuar reduzindo as taxas. “A nossa perspectiva agora não é de que este seja o início de uma série de cortes de juros”, disse o presidente do banco, Jerome Powell.
A expectativa dos investidores era de que a redução nos juros fosse maior. Além disso, a declaração de Powell de que não haverá uma série de cortes desanimou o mercado.
Copom e taxas de juros no Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) definirá a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, também nesta quarta, às 18h.
Conforme a previsão do Boletim Focus desta semana, a expectativa é de que a taxa Selic termine o ano 5,5%, ou seja, diminua um ponto percentual.
Atualmente, a taxa básica é de 6,5% ao ano. Segundo pesquisa do BC, a redução esperada para esta semana será seguida de outros cortes de 0,25 ponto percentual.
Desemprego no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego do País recuou em 0,7% no segundo trimestre do ano ante o primeiro.
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Nos primeiros três meses de 2019, a taxa de desemprego atingiu 12,7%. Entre abril a junho, a taxa ficou em 12%. Ao todo, foram preenchidas mais de 294 mil vagas com carteira assinada, aumento de 0,9% em comparação com o primeiro trimestre.
“O número de empregados com carteira assinada nunca cresceu tanto desde o trimestre terminado em junho de 2014. É uma variação significativa”, disse o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na terça-feira, o dólar encerrou em alta de 0,19%, negociando a R$ 3,7909 na venda.