Panorama Itaúsa (ITSA4): Dividendos, futuro das investidas, ESG e mais; veja o que rolou no encontro com investidores
Acompanhe o Panorama Itaúsa 2022, entre 10h e 12h de hoje.
O Panorama Itaúsa 2022 terminou, mas trazemos um resumo simples do que ocorreu no evento anual da maior holding financeira do Brasil.
Com presença do CEO, Alfredo Setubal, e dos líderes das principais investidas do portfólio, o evento discutiu:
- Retomada dos dividendos de ITSA4
- Perspectivas para investidas do Itaúsa
- Agenda ESG
- Participação na XP Inc.
- Novas aquisições e redução de dívidas
O evento, vale lembrar, é realizado anualmente. A Itaúsa ganhou o selo de assiduidade platina da Apimec por realizá-lo há 22 anos, com presença e interação com investidores pessoa física e internautas.
“Queremos parabenizar a qualidade do evento, que a cada ano tem se mostrado mais inovador e próximo dos investidores, principalmente o individual”, disse Lucy Sousa, presidente da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais).
Dividendos da Itaúsa
Em resposta às perguntas sobre os dividendos da Itaúsa, o CEO Alfredo Setubal destacou que espera que, no médio prazo, a holding retome o nível histórico de dividendos.
“No momento atual estamos em um ‘vale’. É um ‘vale’ por uma boa razão. As empresas em que investimos estão crescendo muito, estão desalavancando balanços de dívidas que tomaram no passado para investir. Além disso, o Itaú está pagando o dividendo mínimo”, segue.
No médio prazo, isso deve mudar.
“Quando as dívidas estiverem menos relevantes nos balanços das empresas, poderemos pagar dividendos maiores. O próprio banco deve aumentar o dividendo mínimo nos próximos anos e aumentar o que retornamos para nossos acionistas”, conclui.
“Vejo, no médio prazo, a Itaúsa retomando seus níveis históricos de dividendos, na casa dos 37% a 40% do nosso resultado.”
Alpargatas, DexCo, Aegea, Itaú, Copa e CCR
Falando sobre as perspectivas das investidas da holding, Setubal destacou que em relação às empresas Aegea e CCR, Setubal vê boas perspectivas de novas concessões em estados e municípios e aumento das eficiências.
“Provavelmente a gente vai ter várias concessões novas vindo dos estados na parte de saneamento básico”, disse.
Já a copa Energia deve atuar inclusive fora do nicho de GLP, que é o grande foco da companhia. Segundo ele, o setor de energia renovável deve ser uma avenida de crescimento para a empresa.
Sobre a Alpargatas, que também é investida da Itaúsa, Setúbal destacou a estratégia de crescimento no mercado internacional. Segundo ele, é um caminho desafiador e de grandes aprendizados para a marca.
“Entramos com uma estratégia de expandir o digital, aumentar as vendas digitais. Além disso, investimentos em diversificar e internacionalizar a marca”, conta Setubal.
Em relação às perspectivas para o Itaú Unibanco em 2023, Setubal destacou que está ocorrendo um crescimento na carteira de crédito, com atuação digital crescente e busca por eficiência.
“Vemos uma carteira de crédito muito grande e uma busca por eficiência. Estamos migrando sistemas para a nuvem e nos centramos no cliente. Vamos com isso tudo aumentar a participação nos negócios que as empresas e pessoas físicas têm com o banco, tendo mais centralidade na vida dos clientes”, afirma Setubal.
“O banco está bem posicionado, tanto no ponto de vista de crédito quanto no digital. Estamos conseguindo retirar o gap em relação aos novos entrantes no mercado”, segue o CEO da Itaúsa.
A Dexco, investida da Itaúsa que atua em materiais de construção, está entrando em novos mercados nos últimos anos. Um exemplo foi a entrada no segmento de celulose solúvel para a produção de fios utilizados, principalmente, para produção de roupas esportivas. A entrada no segmento ocorreu por meio da joint venture com a Lenzing, chamada LD Celulose.
“A DexCo tem tido um aumento na participação em mais empresas. Temos investimentos tecnológicos e nos processos de produção, especialmente no ramo de louças, que é quase artesanal.” Ele destacou também investimentos da Dexco no segmento de revestimentos cerâmicas em Botucatu (SP).
Agenda ESG
Sendo uma parte do DNA da holding, o ESG se manteve como foco da companhia. Em 2022, a McKinsey foi contratada para estudar o impacto social da holding. Após isso, a Itaúsa definiu três pilares para aumentar seu impacto social.
“Queremos investir com responsabilidade. Queremos ter um impacto no desenvolvimento sustentável das empresas e do Brasil. Utilizaremos três pilares: Impacto ESG pela holding, Governança e Impacto ESG pelo portfólio“, comenta o CEO da Itaúsa.
Foi aprovado, na última reunião do conselho, a criação do Instituto Itaúsa, para cuidar do meio ambiente e o desenvolvimento com inovação. Essas iniciativas são contempladas no primeiro pilar, do impacto pela holding.
Além disso, Setubal destaca que a companhia quer se tornar zero carbono em breve, além de aumentar a diversidade e inclusão nos seus quadros.
Por fim, Setubal destaca que a Itaúsa quer acompanhar cada vez mais a sustentabilidade das suas empresas, com maior disclosure de métricas ESG e metas ESG na remuneração da liderança.
Menor participação na XP
Pelo grande foco em atuar em setores não financeiros, a Itaúsa destacou que deve manter o movimento de alienação de ações da XP (XPBR31).
“Não é estratégico e tem conflitos de interesse, então a estratégia é a gente diminuir e zerar este investimento ao longo dos próximos anos.”
Foram R$ 4,6 bilhões em alienações em 2022, gerando caixa e ajudando a companhia a amortizar dívidas.
Novas aquisições?
Atualmente, com mais de cinco investidas no portfólio, a Itaúsa mantém uma ‘gestão ativa’ do seu rol de empresas.
“O Itaú é a grande âncora do portfólio. É um portfólio grande e com marcas grandes. Temos uma presença forte na vida dos brasileiros, do PIB. São milhões de clientes. Se somamos todas, representamos cerca de 12% do PIB”, diz Setubal.
“A ideia do portfólio é ter grandes plataformas em cada setor. O Itaú no financeiro, a Alpargatas no nicho de moda e lifestyle, enquanto a DexCo é a grande plataforma no ramo de infraestrutura. A CCR é a maior plataforma brasileira de mobilidade, com estrada e metrôs”, segue.
Em 2022 até então (9 meses consolidados, de três trimestres), a Itaúsa teve resultados recordes, com R$ 10,4 bilhões de lucro e ROE Recorrente de 20,6% ao ano.
Atualmente, o portfólio de empresas dentro do portfólio da Itaúsa soma um volume de 2 bilhões de pessoas impactadas – cerca de nove vezes o volume da população brasileira.
No total, são 152 mil empregos gerados, o equivalente a cerca de dois estádios lotados do Maracanã.
As empresas não financeiras investidas mais de R$ 18 bilhões nos últimos anos.
No momento, a Itaúsa não pretende focar em novos investimentos. Segundo o presidente Alfredo Setubal, a conjuntura econômica do mundo e do Brasil exige maior cautela neste momento.
Ele disse que investir no setor de agronegócio faz sentido para a holding, pois é um setor importante para o país e ainda sem investimentos pela Itaúsa.
“O agronegócio seria uma oportunidade de diversificação num mercado em que o Brasil é competitivo, mas vamos com calma, vamos olhar e analisar tudo com tranquilidade”, completa o CEO da Itaúsa.
Setubal: Novidades sobre energias renováveis em 2023
No Panorama Itaúsa 2022, Alfredo Setubal adiantou que a Copa Energia conta com investimentos em energias renováveis no seu radar para o próximo ano.
“Nossa plataforma para investir em energia é a Copa Energia. Queremos que, a partir do ano que vem, consolidada como a maior empresa de distribuição de GLP do Brasil, desalavancada com a redução de dívida significativa e gerando um caixa bastante importante, a gente possa, a partir do ano que vem, estudar e fazer investimentos na área de energias renováveis. Teremos, provavelmente, novidades ao longo do próximo ano nesse segmento de energias renováveis”, pontuou Setubal no evento.
Marco Legal do Saneamento na Aegea
Segundo Radamés Casseb, CEO da Aegea, todos os contratos que a empresa assumiu antes do Marco Legal do Saneamento tinham como pressuposto a universalização do saneamento.
“A carteira existente da Aegea vai ser universalizada antes do que o Marco ambiciona. Ficamos aqui na expectativa que o Marco, como o maior produto, tenha feito o amadurecimento da discussão pública de que esse é um desafio não se pode deixar para trás nem deixar para lá”, destacou o líder da companhia de saneamento controlada pela Itaúsa.
CEO do Itaú (ITUB4) explica crescimento menor das carteiras de crédito
O CEO do Itaú Unibanco disse que um cenário de taxas de juros menores traria mais sustentabilidade para as carteiras de crédito do banco porque ajudaria a reduzir a inadimplência. Segundo ele, 2023 é um ano de muitas incertezas, o que levou o banco a reduzir o ritmo de crescimento das carteiras de crédito.
Em 2022, a inadimplência das pessoas físicas tem sido desafiadora por causa da inflação. “As pessoas perdem poder de compra e acabam gastando seus recursos nas suas necessidades básicas, com mais dificuldade de honrar com seus compromissos.” No entanto, Maluhy disse que o banco conseguiu manter uma boa performance porque seus clientes têm um perfil de renda um pouco maior que a média.
No segmento de crédito para empresas, o presidente do Itaú Unibanco disse que as empresas estão pouco alavancadas, o que é positivo. Para que isso se mantenha, ele disse que é preciso ter taxas de juros menores do que as atuais. Isso, por sua vez, depende da retomada do crescimento do Brasil.
Segundo ele, o banco controlado pela Itaúsa tem uma carteira de crédito de quase R$ 1,2 trilhão de carteira de crédito distribuída em vários segmentos.
ESG no Itaú: Diversidade é pilar da cultura
Na agenda ESG do Itaú, compromissos como a diversidade (crescimento de colaboradores negros e de mulheres em cargos de liderança), fomento de ações na Amazônia e o Net Zero (zerar a emissão de carbono direta e indireta até 2050) estão no panorama da empresa.
“O papel do banco aqui não é policialesco, é de ser o banco da transição, o que ajuda e apoia os clientes neste processo de transição. Colocamos objetivos bastante relevantes”, comentou Milton Maluhy, CEO do Itaú Unibanco.
Segundo ele, o Itaú tem 100 mil funcionários, e precisa atacar de forma estrutural este assunto para conseguir impactar seus indicadores de diversidade. “Você não muda estes indicadores promovendo ou fazendo algumas contratações. É preciso atacar ade forma estrutural, na hora da contratação, com programa de estágio, no desenvolvimento das pessoas, ajustando os processos.”
Radamés Casseb, CEO Aegea, fala sobre desafio de universalizar saneamento no Brasil
Apesar dos desafios da economia, Radamés Casseb, CEO Aegea, disse que os maiores acionistas da empresa veem um futuro consistente para a empresa devido ao desafio de universalização do saneamento no Brasil. “São 100 milhões de pessoas sem acesso a esgoto tratado, 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada, isso sem falar nas intermitências de sistemas de atendimento vigentes hoje.”
Durante participação no Panorama Itaúsa 2022, o executivo afirmou que a necessidade de capital para conectar as pessoas com o serviço é de R$ 700 bilhões.
“Aegea está indo além do contrato”, destaca CEO
Radamés Casseb, CEO da Aegea Saneamento, afirmou que a companhia está indo além dos contratos por causa do comprometimento de desenvolver as cidades onde atua.
“O propósito de desenvolver remédios tarifários, tarifas acessíveis para que as pessoas vulneráveis possam ter acesso aos serviços, fez com que a gente ampliasse e multiplicasse instrumentos de tarifas sociais e acessibilidade, permitindo com que clientes desde palafitas em Manaus (AM) a comunidades no Rio de Janeiro (RJ) com baixo poder aquisitivo pudessem dispor de acesso à água, esgoto, crédito decorrente de ter uma conta registrada de serviço público”, disse o executivo da empresa controlada pela Itaúsa.
CCR mira R$ 35 bilhões de investimentos para os próximos anos
Ao comentar as perspectivas da CCR no evento Panorama Itaúsa 2022, o CEO da empresa disse que os investimentos da empresa serão relevantes nos próximos anos.
“Estamos falando de, aproximadamente, mais de R$ 35 bilhões de investimentos nos próximos sete a dez anos. É um investimento bastante relevante”, comentou Waldo Perez, CEO interino da CCR.
De acordo com o executivo, a companhia já investiu R$ 1 bilhão na CPTM e, nos próximos três anos, os aportes devem ser por volta de R$ 4 bilhões.
“Vamos trocar todos os trens, toda a sinalização, todos os sistemas. Vamos refazer todas as obras civis das estações. Vamos transformar completamente essas concessões”, destacou Perez. Em São Paulo, a CCR administra as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM.
Na rodovia Rio-SP, o investimento será de mais de R$ 15 bilhões, avisou o executivo.
Maluhy vê ‘divisor de águas’ no Itaú com modernização dos sistemas
Durante o Panorama Itaúsa 2022, Milton Maluhy contou que dois terços dos sistemas do Itaú já estarão modernizados na virada do ano.
“É uma mudança, um divisor de águas para o banco, o que vamos observar a partir do ano que vem. Isso faz com que a nossa velocidade de mudar, de interpretar as necessidades, desenvolver produtos, trazer soluções para os clientes, mude exponencialmente. Estamos conseguindo implementar dez vezes mais produtos e soluções em uma velocidade muito maior, e com muito mais qualidade, do que a gente vinha conseguindo”, disse o CEO do banco.
Em 2022, o Itaú conseguiu crescer a base de clientes engajados, aqueles que realizam todas ou quase todas as suas transações financeiras no banco, em mais de três milhões de usuários.
Itaúsa quer zerar participação na XP nos próximos anos; entenda os motivos
Questionado por investidores sobre o desinvestimento da Itaúsa na XP, Alfredo Setubal disse que a companhia é um bom investimento, mas que o foco de diversificação da Itaúsa está fora do setor financeiro.
Ele explicou que é conflituoso para a Itaúsa ser controladora do Itaú Unibanco, maior plataforma de serviços financeiros do Brasil, e ao mesmo tempo estar com investimentos relevantes no seu concorrente mais importante na área de investimentos. “Não é estratégico e tem conflitos de interesse, então a estratégia é a gente diminuir e zerar este investimento ao longo dos próximos anos.”
Setubal: “CCR e Aegea têm oportunidades enormes”
Na visão de Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa, a CCR e a Aegea contam com “oportunidades enormes” de crescimento nos próximos anos.
“Uma das motivações dos nossos investimentos nas empresas que atuamos é poder participar dessas oportunidades e desse crescimento que as empresas tem. A CCR e a Aegea tem oportunidades enormes com leilões, concessões, contam com uma capacidade de geração de caixa de crescimento muito grande”, afirmou Setubal.
CCR conta com oportunidade de expansão de R$ 130 bilhões em rodovias
Waldo Perez, CEO interino da CCR, afirmou que a empresa tem oportunidades de expansão “bastante relevantes” no próximo ano.
“Só em rodovias, estamos falando de R$ 130 bilhões em investimentos a serem licitados. Então, não faltam oportunidade para nós, estamos atentos a todas. Agora, com cautela. Vamos ser muito seletivos, dado o momento como um todo”, destacou Perez.
Ele disse que a inflação e os juros em alta impactam o PIB como um todo, com reflexo negativo nos negócios da CCR. No entanto, disse que a empresa tem mecanismos de proteção, como o fato de todos os contratos serem atrelados à inflação. Outro ponto positivo é a forte demanda por investimentos em infraestrutura no país. “Estamos bem posicionados para isso”, disse o gestor durante o Panorama Itaúsa 2022.
Foco atual da Itaúsa não é fazer novos investimentos, mas agronegócio pode ser interessante
No momento, a Itaúsa não pretende focar em novos investimentos. Segundo o presidente Alfredo Setubal, a conjuntura econômica do mundo e do Brasil exige maior cautela neste momento.
Ele disse que investir no setor de agronegócio faz sentido para a holding, pois é um setor importante para o país e ainda sem investimentos pela Itaúsa. “O agronegócio seria uma oportunidade de diversificação num mercado em que o Brasil é competitivo, mas vamos com calma, vamos olhar e analisar tudo com tranquilidade.”
O executivo destacou que o portfólio da Itaúsa já é muito robusto. “Vamos continuar avaliando oportunidades e se surgir uma boa oportunidade vamos fazer. Senão, vamos continuar desalavancando e permitindo que as empresas cresçam.”
Segundo ele, esta “parada” nos investimentos é momentânea, mas no médio prazo a holding vai retomar novos investimentos.
CEO do Itaú Unibanco (ITUB4) reforça que Brasil precisa fazer “lição de casa”
Milton Maluhy, CEO do Itaú Unibanco, destacou que a situação da economia global é desafiadora e que o Brasil precisa fazer a “lição de casa” para aproveitar as oportunidades na economia.
Em sua visão, o cenário macroeconômico internacional é desafiador devido à inflação e à alta de juros, com impacto no crescimento dos países. “A gente espera para 2023 menor crescimento global, com impacto no Brasil. Na China também existem desafios importantes, e a guerra Ucrânia e Rússia é outro ponto de atenção.”
“Se, de fato, o Brasil conseguir fazer a lição de casa, acho que podemos ter uma oportunidade gigante, seja pela distância geográfica [de países como China, Rússia e Ucrânia], capital humano, capacidade de produção. Evidente que, para isso, temos que fazer muita lição de casa para preparar o país para receber investimentos relevantes“, comentou o executivo durante participação no Panorama Itaúsa 2022.
Prioridade da Itaúsa neste momento é reduzir a dívida, diz Setubal
A prioridade da Itaúsa neste momento é a redução da dívida, segundo Setubal. “No cenário atual, o mais importante é desalavancar a holding, pagar nossas dívidas e ficar com um balanço sólido. Isso permitirá fazer novos investimentos”, afirma.
Ele destacou que a Itaúsa continuará a repassar os dividendos que recebe do Itaú para seus acionistas. Já os recursos que recebe das outras empresas e o dinheiro obtido com novas vendas de ações da XP nos próximos meses serão direcionados para reduzir o endividamento e pegar as despesas da holding.
“Os dividendos do setor não financeiro temos usados para este fim e para as despesas da própria holding”, explicou durante o encontro com investidores Panorama Itaúsa 2022.
Encontro da Itaúsa reúne líderes das empresas investidas
Presidente da Apimec destaca assiduidade do Panorama Itaúsa
Lucy Sousa, presidente da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), saudou a companhia pelos 22 anos de apresentações ininterruptas do evento.
Com isso, a Itaúsa ganhou o selo de assiduidade platina da Apimec.
“Queremos parabenizar a qualidade do evento, que a cada ano tem se mostrado mais inovador e próximo dos investidores, principalmente o individual”
A Dexco desenvole soluções para melhor viver em casa e no planeta. Hoje a Dexco é Duratex, Durafloor, Deca, Hydra, Ceusa, Portinari e Castelatto, marcas inovadoras no setor de construção e reforma.
Por isso, se tem mais qualidade para a vida e o meio ambiente, aqui tem Itaúsa. pic.twitter.com/FVS4PCcxZh
— Itaúsa (@itausaholding) November 23, 2022
Como a história da Itaúsa ajuda na trajetória da companhia?
Em resposta a uma pergunta de um acionista durante a live, Alfredo Setubal, o CEO da Itaúsa, destacou a relevância da história da companhia.
“A história da holding é longa, ela foi fundada em 1975. Era um banco de investimento que foi transformada em S.A.. Ela se tornou o maior banco privado do Brasil, fez grandes investimentos em tecnologia. Temos uma história de investimento. Agora temos a estratégia de não ficar 100% no setor financeiro. Acredito que a história reflete os valores das famílias controladoras, de crescimento e investimentos. Queremos um Brasil melhor e só investimos aqui, gerando emprego e impostos para o nosso país”, comenta
Veja as novidades na Agenda ESG da Itaúsa
O ESG é um assunto no DNA da Itaúsa. Em 2022, a consultoria McKinsey para estudar como a holding impacta a sociedade.
Com isso, foram definidos três posicionamentos da holding.
“Queremos investir com responsabilidade. Queremos ter um impacto no desenvolvimento sustentável das empresas e do Brasil. Utilizaremos três pilares: Impacto ESG pela holding, Governança e Impacto ESG pelo portfólio“, comenta o CEO da Itaúsa, Alfredo Setubal.
Foi aprovado, na última reunião do conselho, a criação do Instituto Itaúsa, para cuidar do meio ambiente e o desenvolvimento com inovação. Essas iniciativas são contempladas no primeiro pilar, do impacto pela holding.
Além disso, Setubal destaca que a companhia quer se tornar zero carbono em breve, além de aumentar a diversidade e inclusão nos seus quadros.
Por fim, Setubal destaca que a Itaúsa quer acompanhar cada vez mais a sustentabilidade das suas empresas, com maior disclosure de métricas ESG e metas ESG na remuneração da liderança.
Como a Itaúsa gere suas empresas
“A influência se dá primeiramente na tomada de decisão de investimentos, como participaremos no conselho e tudo mais. Queremos ser o agente de mudanças. Fazemos acordo de acionistas, discutirmos prioridades, capacidade de crescimento. Temos uma participação grande em termos de influência nas empresas, com mais de 60 assentos nos órgãos de governança”, aponta Setubal.
“Não damos só o apoio financeiro, mas também alavancamos o ESG nas empresas, não sendo somente um modismo ou algo momentâneo”, segue.
Itaúsa teve lucro de R$ 10,4 bilhões até então, em resultado recorde
Em 2022 até então (9 meses consolidados, de três trimestres), a Itaúsa teve resultados recordes, com R$ 10,4 bilhões de lucro e ROE Recorrente de 20,6% ao ano.
“São números robustos que mostram que nossos investimentos são bons, em uma gestão ativa de portfólio. Temos resultados sólidos e uma prática de dividendos boa, ainda que abaixo do nível histórico. Acho que vamos muito bem. Ano foi bom e ano que vem é desafiador, mas não tenho dúvida que as empresas terão resultados bastante sólidos e relevantes”
Setubal prevê retomada de nível histórico de dividendos da Itaúsa
Em resposta às perguntas sobre os dividendos da Itaúsa, Setubal destacou que espera que, no médio prazo, a holding retome o nível histórico de dividendos.
“Historicamente, pagamos 37% dos nossos resultados em dividendos. Praticamente o que distribuímos são os dividendos que recebemos do Itaú Unibanco. Entre 2017 e 2019, o Itaú distribuiu dividendos muito altos. Em 2018 chegou a distribuir quase 90% do seu resultado”, comenta Setubal.
“No momento atual estamos em um ‘vale’. É um ‘vale’ por uma boa razão. As empresas em que investimos estão crescendo muito, estão desalavancando balanços de dívidas que tomaram no passado para investir. Além disso, o Itaú está pagando o dividendo mínimo”, segue.
No médio prazo, isso deve mudar. “Quando as dívidas estiverem menos relevantes nos balanços das empresas, poderemos pagar dividendos maiores. O próprio banco deve aumentar o dividendo mínimo nos próximos anos e aumentar o que retornamos para nossos acionistas”, conclui.
“Vejo, no médio prazo, a Itaúsa retomando seus níveis históricos de dividendos, na casa dos 37% a 40% do nosso resultado.” Ele destacou que a redução momentânea dos dividendos é por uma “boa causa”, já que o acionista está ficando mais “rico” com o aumento do patrimônio da holding, embora o fluxo de caixa esteja menor neste momento.
Copa Energia deve diversificar negócios em energia
Para o ano que vem, a empresa Copa Energia deve atuar inclusive fora do nicho de GLP, que é o grande foco da companhia. Segundo ele, o setor de energia renovável deve ser uma avenida de crescimento para a empresa.
No momento, Setubal destaca que o foco são as sinergias do portfólio de empresas da companhia.
CCR (CCRO3) e Aegea devem se beneficiar de novas concessões
Em relação às empresas Aegea e CCR, Setubal vê boas perspectivas de novas concessões em estados e municípios e aumento das eficiências. “Provavelmente a gente vai ter várias concessões novas vindo dos estados na parte de saneamento básico”, disse o CEO da Itaúsa.
Além disso, ele prevê novas concessões de rodovias para o ano que vem. “Queremos aumentar os ganhos operacionais e ambas as empresas estão bem preparadas para um grande crescimento de portfólio”.
DexCo (DXCO3): Perspectivas para 2023
A Dexco, investida da Itaúsa que atua em materiais de construção, está entrando em novos mercados nos últimos anos. Um exemplo foi a entrada no segmento de celulose solúvel para a produção de fios utilizados, principalmente, para produção de roupas esportivas. A entrada no segmento ocorreu por meio da joint venture com a Lenzing, chamada LD Celulose.
“A DexCo tem tido um aumento na participação em mais empresas. Temos investimentos tecnológicos e nos processos de produção, especialmente no ramo de louças, que é quase artesanal.” Ele destacou também investimentos da Dexco no segmento de revestimentos cerâmicas em Botucatu (SP).
Apesar de a alta dos juros ser negativa para o setor de construção, Setubal destacou que a empresa é muito capitalizada e deve “navegar bem” o mercado em 2023.
A Dexo soma R$ 2,5 bilhões de investimento em capacidade de eficiência.
Setubal: 2023 será um ano desafiador, com a conjuntura mundial e brasileira
Em encontro com investidores, Setubal afirmou que 2023 deve ser um ano desafiador. “A gente vive hoje no Brasil e no mundo momentos de incerteza, com inflação alta, juros crescentes, recessão na Europa e provavelmente nos Estados Unidos. Tudo isso terá um impacto no Brasil, pois a economia brasileira está inserida neste contexto geral.”
No entanto, ele destacou que a Itaúsa tem empresas muito sólidas. “São empresas pouco endividadas, com marcas muito fortes e líderes”, disse. Por isso, ele disse estar positivo para 2023, apesar do contexto desafiador.
Alpargatas (ALPA4): Perspectivas para 2023
Sobre a Alpargatas, que também é investida da Itaúsa, Setúbal destacou a estratégia de crescimento no mercado internacional. Segundo ele, é um caminho desafiador e de grandes aprendizados para a marca.
“Entramos com uma estratégia de expandir o digital, aumentar as vendas digitais. Além disso, investimentos em diversificar e internacionalizar a marca”, conta Setubal.
Itaú Unibanco (ITUB4): Perspectivas para 2023
Em relação às perspectivas para o Itaú Unibanco em 2023, Setubal destacou que está ocorrendo um crescimento na carteira de crédito, com atuação digital crescente e busca por eficiência.
“Vemos uma carteira de crédito muito grande e uma busca por eficiência. Estamos migrando sistemas para a nuvem e nos centramos no cliente. Vamos com isso tudo aumentar a participação nos negócios que as empresas e pessoas físicas têm com o banco, tendo mais centralidade na vida dos clientes”, afirma Setubal.
“O banco está bem posicionado, tanto no ponto de vista de crédito quanto no digital. Estamos conseguindo retirar o gap em relação aos novos entrantes no mercado”, segue o CEO da Itaúsa.
Ele destacou que são empresas que contribuem para o crescimento do país e desenvolvimento da sociedade, citando serviços de infraestrutura e financeiros.
CEO da Itaúsa (ITSA4) fala sobre aquisição mais recente, da CCR (CCRO3)
Vendo a empresa como a maior plataforma de mobilidade do país, Setubal destaca que os executivos da holding estão ‘animados’ com a compra feita na CCR há alguns meses.
A Itaúsa detém 10,3% no capital social da companhia, avaliado em R$ 2,9 bilhões.
“A companhia tem um grande impacto social e é uma grande plataforma. A CCR tem muitas oportunidaeds, e com certeza veremos mais leilões e concessões nos próximos anos”, aponta.
Itaúsa paga dividendos mensais?
Os dividendos da ITSA4 são pagos a cada trimestre, em janeiro, abril, julho e outubro. Proventos referentes aos resultados anuais são distribuídos nos meses de fevereiro e agosto‘Temos foco fora do setor financeiro’
Após a XP ‘ir parar’ no portfólio da Itaúsa por conta da cisão com o Itaú Unibanco, Setubal reitera que a estratégia da holding é de seguir vendendo papéis da companhia.
Isso, pois o foco agora é no setor não financeiro.
Foram R$ 4,6 bilhões em alienações, gerando caixa e ajudando a companhia a amortizar dívidas.
Itaúsa em números
Atualmente, o portfólio de empresas dentro do portfólio da Itaúsa soma um volume de 2 bilhões de pessoas impactadas – cerca de nove vezes o volume da população brasileira.
No total, são 152 mil empregos gerados, o equivalente a cerca de dois estádios lotados do Maracanã.
As empresas não financeiras investidas mais de R$ 18 bilhões nos últimos anos.
Itaú, principal ativo, ‘representa’ 12% do PIB
Atualmente, a carteira de crédito do Itaú Unibanco (ITUB4), o principal ativo da holding, soma R$ 1 trilhão.
O volume financeiro é equivalente a cerca de 12% do Produto interno Bruto (PIB) do Brasil.
Como a Itaúsa escolhe em quem investir?
Questionado sobre como a Itaúsa seleciona as suas investidas, Setubal destaca que as empresas têm de ter forte presença e market share em seu respectivo segmento.
“Temos vários aspectos que levamos em conta, o primeiro é o setor e como ela atua, além das perspectivas para o setor. Procuramos líderes de setores, com marcas relevantes e sócios alinhados com os valores. Todas as empresas que participamos, temos sócios”, relata.
“A Itaúsa tem os seus valores e expectativas e seu próprio DNA. Cada vez mais damos influência do ESG, é um tema cada vez mais relevante no mundo e no Brasil.
‘Estamos com uma gestão mais ativa do nosso portfólio’
Segundo o CEO da Itaúsa (ITSA4), a holding tem adotado uma gestão mais ativa do portfólio de ativos nos últimos meses.
“O Itaú é a grande âncora do portfólio. É um portfólio grande e com marcas grandes. Temos uma presença forte na vida dos brasileiros, do PIB. São milhões de clientes. Se somamos todas, representamos cerca de 12% do PIB”, afirma.
“A ideia do portfólio é ter grandes plataformas em cada setor. O Itaú no financeiro, a Alpargatas no nicho de moda e lifestyle, enquanto a DexCo é a grande plataforma no ramo de infraestrutura. A CCR é a maior plataforma brasileira de mobilidade, com estrada e metrôs”, segue.
Encontro da Itaúsa acaba de começar; acompanhe ao vivo
O encontro da Itaúsa com investidores e público em geral acaba de começar. O diretor presidente da companhia, Alfredo Setúbal, e demais CEOs das investidas da holding, ficarão à disposição para responder perguntas. Envie diretamente pelo WhatsApp ou pelo chat da transmissão no Youtube.
Alfredo Setubal começa falando que a Itaúsa mantém um diálogo aberto e objetivo com os investidores: “estamos aqui para apresentar a evolução da nossa estratégia, sempre com muita transparência”. #PanoramaItaúsa
— Itaúsa (@itausaholding) December 1, 2022
A NTS leva gás natural para a região mais industrializada do Brasil com mais de 2.000 quilômetros de gasodutos seguros e confiáveis abastecendo o Rio, Minas e São Paulo. Por isso, se tem excelência em transporte de gás natural e práticas mais sustentáveis, aqui tem Itaúsa. pic.twitter.com/A9MSf3khYk
— Itaúsa (@itausaholding) November 28, 2022
De onde vem os dividendos de ITSA4?
Os dividendos da Itaúsa são compostos pelos resultados das empresas que integram a holding: Itaú Unibanco (ITUB4), XP Inc., Alpargatas (ALPA4), Dexco (DXCO3), CCR (CCRO3), AEGEA, Copa Energia e NTS. Uma das tradições da Itaúsa é distribuir sempre, no mínimo, 100% dos dividendos do banco, explicou Setubal. “Em 2017 e 2018, o banco pagou dividendos muito altos. Estava muito capitalizado, a economia vinha em grande crescimento, então a necessidade de capital dentro do banco era menor. Houve uma distribuição altíssima e isso foi repassado aos acionistas da Itaúsa”, recordou o executivo na entrevista ao InfoMoney. No final de setembro de 2022, entre dividendos e juros sobre capital próprio a pagar, a Itaúsa registrava mais de R$ 1,5 bilhão. O dividend yield da ITSA4 no terceiro trimestre de 2022, tendo como base os últimos doze meses, foi de 5,5%. Esse indicador avalia o retorno da ação de acordo com os proventos pagos. Em 2021, a taxa foi de 4,2%. Em 2020 e 2019, os números foram de 5,5% e 8,5%, respectivamente.Saiba mais sobre as investidas da Itaúsa
Além do Itaú Unibanco, o portfólio da Itaúsa também é composto pelas empresas:
- XP Inc.,
- Alpargatas (ALPA4),
- Dexco (DXCO3),
- CCR (CCRO3),
- AEGEA,
- Copa Energia e
- NTS.
Como destacado pela holding no informe ao mercado, os números mais atrativos do último trimestre foram conquistados, principalmente, pelos melhores resultados do Itaú e da NTS.
O banco “reportou melhora no mix de receitas com avanço em margem financeira com clientes, receita de serviços e de seguros, as quais foram parcialmente compensadas, por maior despesa com perdas esperadas em operações de crédito e maiores despesas não decorrentes de juros em função, principalmente, dos impactos com dissídio coletivo”.
Enquanto isso, a empresa de transporte de gás natural foi positivamente impactada, principalmente, “pelo ganho decorrente da avaliação periódica do valor justo do ativo, como resultado de revisões de premissas para melhor refletir o cenário macroeconômico e a modelagem do negócio”.
Quanto a Itaúsa lucra?
No terceiro trimestre de 2022, a Itaúsa (ITSA4) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,553 bilhões. Essa quantia foi 32,9% superior ao que a companhia havia registrado no mesmo período de 2021.
“Nossos resultados do 3T22 refletem a solidez do nosso portfólio, mesmo em contexto macro mais desafiador no país e no mundo”, ressaltou Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, no comunicado enviado ao mercado na ocasião.
Segundo a holding, essa quantia foi conquistada em “função do melhor resultado proveniente das empresas investidas [Itaú Unibanco – ITUB4 e NTS, principalmente], bem como do ganho de capital com a alienação de ações da XP Inc. realizada em julho”.
No informe apresentado ao mercado em novembro, o lucro líquido da Itaúsa no 3T22 foi de R$ 3,555 bilhões – variação positiva de 50,6%, em relação com os números do 3T21, que tinham sido de R$ 2,361 bilhões.
Quando o assunto é rentabilidade, a Itaúsa também conquistou bons dados no retorno sobre patrimônio líquido (ROE) recorrente, que subiu de 17,3% no 3T21 para 20,5% no 3T22.
Confira mais dados apresentados no resultado da Itaúsa no 3T22:
- Dívida líquida: R$ 5,812 bilhões; aumento de 44% em comparação com o 3T21, que havia registrado R$ 4,024 bilhões;
- Ativo total: R$ 82,627 bilhões, crescimento de 16,9% em comparação com o 3T21, que havia registrado 70,712 bilhões.
- Patrimônio líquido: R$ 70,827 bilhões, resultado 13,1% maior do que o registrado no 3T21, R$ 62,602 bilhões.
Setubal prevê ‘retomar níveis históricos’ de dividendos da Itausa
Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa (ITSA4), disse em entrevista recente que a companhia retomará os níveis históricos de dividendos. Segundo o executivo, a holding voltará a proporcionar pagamentos atrativos aos investidores nos próximos anos.
“Neste momento, temos menos dividendos recebidos e menos dividendos pagos aos nossos acionistas, mas isso por uma boa razão: as nossas empresas estão crescendo. O banco (Itaú Unibanco – ITUB4) tem gerado capital, mas tem crescido muito sua carteira de crédito, que é o maior demandador de capital. Então, ele vem pagando menos dividendos. E as outras empresas também, elas estão em processo de desalavancagem. A Itaúsa está num vale de dividendos. Ao longo dos próximos anos, acreditamos que vamos retomar os níveis históricos de pagamento de dividendos da Itaúsa, que sempre girou em torno de 35% a 40% do lucro dela”, afirmou Setubal.
Em entrevista ao Infomoney realizada em novembro, o líder da companhia reforçou que a holding tem como tradição distribuir “sempre no mínimo 100% dos dividendos” do Itaú.
“Em 2017 e 2018, o banco pagou dividendos muito altos. Estava muito capitalizado, a economia vinha em gr
ande crescimento, então a necessidade de capital dentro do banco era menor. Houve uma distribuição altíssima e isso foi repassado aos acionistas da Itaúsa”, pontuou.
Além do Itaú, os pagamentos de dividendos da Itaúsa também são compostos pelos resultados da XP Inc., Alpargatas (ALPA4), Dexco (DXCO3), CCR (CCRO3), AEGEA, Copa Energia e NTS. Os acionistas da Itaúsa têm direito a receber ao menos 25% do lucro líquido apurado em cada exercício, segundo a política de remuneração da companhia.
Resultado da Itaúsa no terceiro trimestre foi ajudado pelo Itaú; veja entrevista
No terceiro trimestre deste ano, os resultados da Itaúsa foram impulsionados pelo desempenho do Itaú Unibanco. Confira a entrevista concedida há poucos dias pelo diretor presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal. “O banco foi, sem dúvida, o grande destaque deste momento”, afirmou.
Em quais empresas a Itaúsa investe?
Dentre as investidas pela Itaúsa estão:
- Itaú Unibanco (ITUB4): Maior banco do Brasil, com 60 milhões de clientes, mais de 95 mil funcionários e atuação em 18 países. Listado em bolsa e amplamente conhecido pela solidez financeira;
- XP Inc (XPBR31): Também listada em bolsa, é uma companhia de investimentos do Brasil, fonte de diversas mudanças culturais e detentora de plataformas tecnológicas de investimentos, serviços financeiros e educação;
- Alpargatas (ALPA4): A companhia do ramo calçadista detém 4 fábricas principais no Brasil, além de 9 escritórios em outros 9 países, em 3 continentes, e pertence ao grupo de empresas Nível 1 de Governança Corporativa da B3. Detém as marcas Havaianas, que é a Brasileira de maior expressão mundial, e a Dupé, que é lider do mercado de sandália de borracha no Nordeste;
- Dexco (DXCO3): Antiga Duratex, a companhia possui 6 unidades florestais e 16 unidades industriais no Brasil e 3 fábricas na Colômbia. A companhia atua nos segmentos de Madeira, Deca e Revestimentos, através das marcas Duratex, Durafloor, Deca, Hydra, Ceusa, Portinari e Castelatto;
- CCR (CCRO3): Sendo a mais recente aquisição da companhia, trata-se de uma administradora de rodovias com mais de 3,5 mil km de rodovias sob sua gestão e manutenção. Transporta aproximadamente 2 milhões de pessoas diariamente em mobilidade urbana e 23 milhões de pessoas anualmente em aviação;
- Aegea: Fora da bolsa, a companhia de saneamento é uma das maiores do setor privado, com presença em 152 munícipios em 12 estados brasileiros, atendendo mais de 21 milhões de pessoas;
- Copa Energia: Também fora da bolsa, a companhia atua no ramo de GLP, ou gás liquefeito de petróleo, e é dona da Liquigás e da Copagás;
- Nova Transportadora do Sudeste (NTS): Transportadora de gás, a companhia Responde pelo transporte de cerca de 50% do gás natural consumido no Brasil.
Envie sua pergunta para a Itaúsa pelo Whatsapp
Para mandar sua pergunta para a gestão da Itaúsa, basta entrar neste link. Os temas serão abordados hoje, entre 10h e 12h, no encontro Panorama Itaúsa 2022.
Itaúsa (ITSA4) é ação preferida de investidores pessoa física
As ações da Itaúsa são as favoritas dos investidores pessoa física, conforme um levantamento feito pelo TradeMap em novembro de 2022.
Para quem tem até R$ 50 mil, as ações da empresa são as mais presentes, com cerca de 46% de participação em carteiras.
Enquanto isso, investidores com até R$ 100 mil também mantêm a predileção, dada a participação de mais de 56% nas carteiras, mostrando que os papéis da holding também são os favoritos nesse nicho.
Boa parte disso se dá pela solidez, baixa volatilidade e recorrência no pagamento de dividendos aos acionistas.
Um levantamento da Fliper, plataforma de consolidação de investimentos, também mostrou que as ações da Itaúsa são as favoritas dos investidores dentre um montante de mais de R$ 56 bilhões mapeados.
Quem é a Itaúsa?
A Itaúsa é a maior holding financeira do Brasil, com mais de 45 anos de história cuja principal participação acionária é no Itaú Unibanco (ITUB4). A participação da Itaúsa no Itaú é de 37% do capital social.
A holding tem grande foco em sustentabilidade e princípios ESG e mantém seu capital alocado nos setores financeiro, bens de consumo, materiais de construção civil, saneamento, energia e infraestrutura, e conta com um portfólio consistente, composto por marcas líderes em seus segmentos.
A Itaúsa tem 920 mil acionistas, e participação em mais de 50 países por meio de suas investidas, com foco na geração de valor e de longo prazo e melhorias na gestão.
Só ficam debaixo do guarda-chuva da holding companhias que são marcas fortes e com posição de mercado sólida, com baixos riscos.
Com as marcas Copagaz, Liquigás e Purogás, a Copa Energia aquece residências, potencializa indústrias, o comércio e fornece gás para sprays sem agredir a camada de Ozônio.
Por isso, se tem energia que move o país com valorização da vida e do meio ambiente, aqui tem Itaúsa. pic.twitter.com/w24L5Gnwea
— Itaúsa (@itausaholding) November 29, 2022
O que acontecerá no Panorama Itaúsa 2022?
Nesta quinta-feira, dia 1º de dezembro, você tem a oportunidade de dialogar diretamente com a gestão da Itaúsa (ITSA4), em um evento pensado especialmente para investidores e público em geral.
Holding brasileira de investimentos com mais de 45 anos de trajetória, a companhia permanecerá em transmissão ao vivo das 10h às 12h no YouTube, em contato direto com os investidores de Itaúsa e com a audiência de forma geral.
Os investidores ficarão por dentro das perspectivas da Itaúsa e das suas principais empresas investidas.
Além de Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa, falarão no Panorama Itaúsa 2022:
- Milton Maluhy, CEO do Itaú Unibanco (ITUB4);
- Radamés Casseb, CEO da Aegea;
- Waldo Perez, CEO interino, CFO e DRI da CCR (CCRO3);
- Juliana Rosa, moderadora convidada
O evento vai começar às 10h e deve acabar ao meio dia. Clique aqui para participar, e acompanhe a cobertura em tempo real no Suno Notícias.