Paulo Guedes volta a defender a inclusão de capitalização da Previdência

O ministro da Economia, Paulo Guedes ,voltou a defender a inclusão do modelo de capitalização da reforma da Previdência. O ministro discursou nesta sexta-feira (26) na Associação Comercial do Rio de Janeiro.  Guedes destacou que esta é uma decisão do Congresso, onde o projeto tramita.

“Se [o Congresso] aprovar que não há capitalização, não há capitalização. Se tivermos a possibilidade de oferecer essa solução, ofereceremos”, declarou Guedes, explicando a agenda do governo para a aprovação da reforma da Previdência.

O ministro da Economia também defendeu, ao comentar favoravelmente a inclusão da capitalização na Previdência, que “ninguém seria deixado para trás”. Segundo Guedes, aqueles que não conseguirem reunir um fundo o suficiente para sua aposentadoria terão uma “contribuição solidária”.

Relação com o Congresso

Guedes salientou sua confiança em relação a aprovação do projeto de reforma da Previdência. O ministro elogiou o desempenho do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao conduzir  a tramitação do voto em primeiro turno.

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“O presidente do Senado vai fazer um belo trabalho também. Estou seguro disso”, explicou o ministro. Guedes destacou o acordo entre o Mercosul e a União Europeia e o leilão dos excedentes da cessão onerosa como medidas já encaminhadas nas pautas do Congresso que trarão benefícios à economia brasileira.

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O ministro da Economia comparou a liberação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), proposto por sua equipe com a do ex-presidente Michel Temer. Entretanto, Guedes salientou como a medida poderia contemplar até 100 milhões pessoas. Muito mais do que aquela do governo Temer. “Vai ser como um 14º salário para quem tem salário mais baixo”, disse o ministro.

Capitalização da Previdência

O discurso de Guedes teve uma duração de uma hora e meia e contou com a presença de  empresário e representantes de estatais como:

  • Petrobras
  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
  • Banco do Brasil

O ministro relembrou o passado econômico do País e pontuou para o descontrole das contas públicas em governos passados. Segundo Guedes, com a volta para a redemocratização esse problema não foi devidamente tratado. Para ele, a atual crise do sistema da Previdência social é consequência desse ponto.

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“Nos perdemos por não conseguir fazer essa transformação. Esquecemos de diminuir os privilégios e privatizar as empresas”, declarou Guedes. O ministro voltou a ressaltar a necessidade de uma reforma tributária e um novo pacto federativo para a economia brasileira.

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Além de falar sobre a reforma da Previdência, em seu discurso Guedes apontou as medidas realizadas pelo governo para o barateamento do custo de energia. Uma redução do preço que pode chegar em até 10%. O ministro se posicionou favoravelmente à iniciativa da Petrobrás, ao anunciar uma aceleração da exploração do petróleo. Segundo o ministro, “daqui a 20 ou 30 anos, pode ser que os carros sejam elétricos”. Por isso, a estatal petrolífera deverá se concentrar na exploração dos recursos no pré-sal.

Carlo Cauti

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