Bolsa Família não ficará fora do teto de gastos permanentemente, diz Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a ideia de manter o bolsa família fora do teto de gastos ‘não encontra ressonância’ no Congresso. A declaração do parlamentar foi feita nesta terça-feira (22), em meio a propostas da próxima equipe presidencial que aumentam os gastos públicos em 2022.
“Me parece que a pretensão do governo, de fato, é o maior tempo possível, ou seja, o prazo de quatro anos. A lógica de se ter um prazo indefinido, ou seja, determinar a retirada do teto de gastos públicos o Bolsa Família integralmente, já está claro que não encontra ressonância no Congresso Nacional”, disse Pacheco, na coletiva.
Na semana passada, a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou ao Legislativo o texto preliminar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que retira o programa social fora da regra fiscal do teto de gastos por período indefinido.
Mas o texto ainda está em negociação por senadores e deputados.
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“Há pontos que são controvertidos, que serão objeto de debate tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados, em relação ao tamanho desse espaço fiscal e em relação ao tempo dessa exceção ao teto de gastos e ao próprio questionamento da melhor forma de âncora fiscal no Brasil”, disse Pacheco, em coletiva de imprensa no Senado.
Em reunião com deputados de esquerda nesta terça, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também sinalizou que seria mais fácil aprovar a PEC se a “licença para gastar” fosse apenas em 2023. Provável relator da proposta no Senado, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também disse à equipe de Lula que o prazo de um ano seria mais favorável.
Teto de gastos e consenso para a PEC
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçou que ainda não há consenso no Congresso sobre o texto da PEC da Transição.
De acordo com o senador, o calendário de tramitação da PEC depende da apresentação do texto.
Mais cedo, o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), declarou que a votação estava marcada para 29 de novembro no Senado.
“O calendário depende, naturalmente, da apresentação da Proposta de Emenda à Constituição. Uma vez apresentada, ela terá o trâmite no Senado regular, regimental, primeiro na Comissão de Constituição e Justiça. Haverá discussão própria, debate”, declarou Pacheco.
Depois de passar na CCJ, a PEC que amplia os gastos para além do teto de gastos vai a plenário.
Com informações do Estadão Conteúdo