Copel (CPLE6) está perto mesmo da privatização? Veja análise da XP

 O governo do Paraná, acionista controlador do Copel (CPLE6), anunciou sua intenção de tornar a estatal em uma “corporation”, ou seja, com capital disperso e sem acionista controlador. No entendimento da XP, “a notícia é um grande passo rumo à privatização da companhia”.

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A transformação da Copel em uma “corporation” seria por meio de uma oferta pública secundária de ações e/ou units.

A operação tem o objetivo captar recursos para o estado do Paraná, além de valorizar as ações remanescentes detidas na Copel.

Depois de concluir a transação, o governo do Paraná seguirá com, pelo menos, 15% do capital total da Copel — dos 31,1% que detêm atualmente.

O governo paranaense ainda prevê uma “golden share”, uma ação de classe especial, com poder de veto assegurando investimentos para a Copel Distribuição.  

A proposta ainda sugere que nenhum acionista controlador poderá superar 10% do total de votos, sendo vedados acordos de acionistas para o exercício do direito a voto. O passo seguinte para a transação será direcionar a proposta, em forma de projeto de lei, à Câmara dos Deputados do Estado para que seja aprovada.

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Perspectiva sobre a intenção de transformar a empresa em “corporation”

Diante da valorização de 22% nas ações nesta segunda-feira (21), em meio à notícia sobre a possível privatização da Copel, os analistas da XP comentam que “o mercado está animado com a novidade”.

A casa de análise diz que o governador do Paraná, Ratinho Junior, conta com articulação política para aprovar a matéria na Assembleia Legislativa do Estado durante o segundo mandato do governador recém-reeleito.

Antes da forte valorização desta segunda, a XP destaca que as ações da Copel estavam sendo negociadas a 1,1x EV/RAB (enterprise value, ou valor de mercado, somado à dívida líquida, sobre a base de ativos regulatórios).

“Se CPLE6 for precificada em níveis de players similares (1,5x EV/RAB), nosso preço-alvo aumentaria em +25%, chegando a R$ 10/ação”.

Recomendação para as ações da Copel

Mesmo observando “pouco espaço para melhorias nos indicadores operacionais e redução do PMSO [custo de Pessoal, Material, Serviços e Outros]”, a casa argumenta que “as estatais ainda apresentam limitações que podem ser otimizadas após a privatização”.

Por isso, a XP Investimentos mantém recomendação de compra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 8,00.

Nesta terça-feira (22), as ações da Copel fecharam em queda de 1,27%, a R$ 8,32, na bolsa de valores brasileira. Apesar disso, os ativos da elétrica paranaense ainda acumulam alta de 16,55% no mês, e de 46,04% no ano.

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Silvio Suehiro

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