ETFs que pagam dividendos devem chegar à B3 (B3SA3) no início de 2023

A listagem de fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) com distribuição de dividendos tem sido uma das prioridades na B3 (B3SA3) em 2022. A expectativa é que isso se torne uma realidade a partir de janeiro, segundo a empresa.

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“É uma demanda antiga do mercado e chegou o momento de viabilizarmos isso”, afirmou Gabriela Shibata, executiva responsável pela área de “Produtos Cash” da B3, sobre a possibilidade de ETFs que pagam dividendos na B3, em painel promovido em parceria com a gestora Investo e a Associação Brasileira de Assessores de Investimentos (Abai) na quarta-feira (16).

A grande maioria dos ETFs listados na B3 hoje segue índices total return, onde todos os proventos dos ativos da cesta são reinvestidos nas cotas. Para a distribuição de proventos, os ETFs devem seguir índices price return.

Há algum tempo já, a B3 trabalha para que esse novo tipo de ETF chegue à bolsa brasileira, mas havia uma restrição de sistema e o aguardo pela maior maturidade de mercado e demanda, segundo Shibata. A executiva ainda contou ao Broadcast Investimentos que a B3 prioriza neste momento a viabilização dos ETFs que distribuem proventos e que seguem índices de ações locais ou internacionais .

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“Sendo bem sucedida a conclusão dos testes que estamos fazendo, tanto do lado da B3 quanto do mercado, a partir do começo de 2023 já estaremos aptos a permitir esse tipo de listagem”, afirma Shibata, acrescentando que ETFs de renda fixa e fundos imobiliários com distribuição de proventos também devem ser colocados em discussão.

ETFs são opção para diversificação de portfólio

Os ETFs ganharam impulso no Brasil recentemente, com destaque a partir do início da pandemia, quando a taxa básica de juros (Selic) no menor patamar histórico, em 2% ao ano, fez com que investidores buscassem alternativas “mais sofisticadas” para o portfólio, segundo Cauê Mançanares, presidente-executivo da Investo. A gestora surgiu nessa onda, com lançamento em 2021.

O executivo destaca que os investidores deveriam estar olhando para as oportunidades de diversificação, com ETFs, por exemplo, com os mercados globais. Do lado da renda variável, pelos valuations atrativos das grandes empresas, e da renda fixa, pois com a marcação a mercado, “os papéis vão se valorizar quando os juros começarem a cair”, cenário que já está à vista, diz.

Com Estadão Conteúdo

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Beatriz Boyadjian

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