Vibra (VBBR3) cai 4% no Ibovespa após divulgar resultado trimestral

As ações da Vibra (VBBR3) chegaram a cair 4% e ficar na ponta negativa do Ibovespa no pregão desta sexta-feira (11), que sucede a divulgação do balanço trimestral da companhia. Às 12h, algumas horas após a abertura, os papéis desaceleraram a queda e recuam 3,5%.

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A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 61 milhões no terceiro trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 598 milhões vistos em igual período do ano anterior. Assim, o lucro da Vibra ficou pior do que os R$ 405 milhões de lucro projetados pelo consenso Bloomberg.

O Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 925 milhões, redução de 25% na base anual, e abaixo dos R$ 1,159 bilhão projetados pelo consenso Bloomberg.

A margem Ebitda ajustada da Vibra no 3T22 foi de R$ 90 por metro cúbico (m³), 21,8% inferior ao ano anterior. A receita líquida saltou para R$ 52 bilhões, mostrando avanço de 44,9% em relação a igual período do ano anterior.

Nas observações da administração, é citado um “corte de impostos abrupto e sem precedentes sobre os combustíveis no Brasil e sobre a gasolina em particular” como um impacto relevante no resultado trimestral da Vibra.

Além disso, a volatilidade das commodities e do câmbio também foi destacada, sendo fruto, no período, da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Isso resultou em uma desvalorização sem precedentes dos estoques de produtos do setor, afetando diretamente nossos resultados operacionais do trimestre”, diz a gestão da empresa.

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Goldman Sachs vê Vibra ‘levemente abaixo do consenso’ e recomenda compra

Em parecer acerca dos resultados da companhia, o Goldman Sachs reiterou sua recomendação de compra para os papéis VBBR3, com preço-alvo de R$ 25,10 para os próximos 12 meses, ao passo que as ações são negociadas pouco abaixo dos R$ 17 atualmente.

“Acreditamos que as margens fracas foram impulsionadas principalmente por perdas de estoque que não são recorrentes em um ambiente natural. Assim, esperamos alguma melhora no próximo trimestre e buscaremos entender na teleconferência de resultados até que ponto as margens podem em meio aos cortes de impostos que podem tornar justamente os grandes players mais competitivos”, dizem os analistas na casa.

Além disso, a os especialistas mantém o otimismo por conta dos múltiplos atuais das ações da Vibra.

“Vemos a empresa negociando em um valuation de ‘subdemanda’, com 5,5x o EV/EBITDA estimado para 2023, e com expectativa de aumento margens daqui para frente”, destaca.

Indicadores de VBBR3

Atualmente, segundo dados do Status Invest, a Vibra paga um dividend yield de 3,5%, com distribuição de R$ 0,5975 por ação ordinária nos últimos 12 meses. A empresa tem um valor de mercado de cerca de R$ 19 bilhões e soma queda de 16% nas suas ações no acumulado de 2022.

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Eduardo Vargas

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