IPCA sobe 0,59% em outubro após três meses de deflação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, subiu 0,59% em outubro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Com essa alta, o IPCA encerra o ciclo de três meses de deflação visto nos meses anteriores. Em julho, agosto e setembro, o IPCA diminuiu 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente.

O acumulado de 2022 do índice mostra uma inflação de 4,7% em 2022, ante 6,47% vistos nos últimos 12 meses.

Nos 12 meses anteriores, a alta do IPCA foi de 7,17%.

O resultado do IPCA de outubro já era relativamente esperado, dado que o IPCA-15 – considerada a prévia da inflação – mostrou uma alta de 0,16%, conforme reportado pelo Suno Notícias.

Variação do IPCA nos últimos meses - Foto: Reprodução/IBGE
Variação do IPCA nos últimos meses – Foto: Reprodução/IBGE

A maior alta do índice, por grupo, foi de vestuário, ao passo que a variação que mais pesou no índice foi a alta de preço dos alimentos.

“Há um claro contraste, porque alimentação e transportes, os dois grupos de maior peso, tiveram variação negativa em setembro e altas em outubro”, comenta o gerente da pesquisa da pesquisa do índice, Pedro Kislanov.

Segundo os dados do IBGE, entre itens e subitens os maiores impactos individuais no índice geral foram passagem aérea, que colaborou com 0,16 p.p., higiene pessoal (0,09 p.p.) e plano de saúde (0,05 p.p.).

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Veja as variações do IPCA por grupo

  • Vestuário (+1,22%)
  • Saúde e cuidados pessoais (+1,16%)
  • Alimentação e bebidas (+0,72%)
  • Transportes (+0,58%)
  • Despesas pessoais (+0,57%)
  • Habitação (+0,34%)
  • Artigos de residência (+0,39%)
  • Educação (-0,18%)
  • Comunicação (0,48%)

“O IPCA veio em alta de 0,59%, acima da expectativa de mercado. O boletim Focus previa uma alta de 0,42%. Tivemos esse dado após 3 meses de deflação, que ocorreram devido ao incentivo tributário nos combustíveis, o que tem prazo para terminar”, comenta Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

“Chamou atenção o aumento em Alimentação e Bebidas, Vestuário, Saúde e cuidados pessoais, o que reflete o aquecimento da economia, incentivado pelos auxílios que foram concedidos a população e devem pressionar ainda mais a inflação em novembro”, segue.

Para calcular o IPCA, que é considerado a inflação oficial brasileira, o IBGE avalia uma cesta de produtos de consumo de famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracajú e de Brasília.

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Eduardo Vargas

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