Credit Suisse recebe proposta para vender operações no Brasil, afirma colunista
O Credit Suisse (C1SU34) recebeu abordagens para vender sua operação brasileira, afirma o colunista Lauro Jardim. De acordo com o jornalista, o banco, que segue em crise financeira, recusou todas as propostas. Porém, o restante de suas operações na América Latina ainda pode ser vendido.
A crise do Banco suíço parece não ter fim. Em seu balanço referente ao terceiro trimestre, o Credit Suisse registrou prejuízo líquido de 4,03 bilhões de francos suíços, revertendo lucro de 434 milhões no mesmo período de 2021. O resultado do banco foi reportado no dia 27 de outubro.
Além de prejuízo, a receita do banco suíço caiu 30% na base anual dos três meses encerrados em setembro, chegando a 3,8 bilhões de francos suíços. Neste caso, as projeções apontavam para 3,99 bilhões de francos suíços.
O CEO do Credit Suisse, Ulrich Körner, no contexto de apresentação do balanço da empresa, admitiu que os resultados foram “decepcionantes” para investidores, anunciando uma reestruturação será feita na companhia.
“Nosso novo modelo integrado será focado em Wealth Management, banco suíço, bem como gestão de ativos, e reestruturaremos radicalmente o banco de investimentos, fortaleceremos o capital e aceleraremos nossa transformação de custos”, disse o CEO.
Crise de confiança do Credit Suisse e perda de investimentos
Não bastasse os resultados ruins, o banco enfrenta uma crescente crise de confiança. Após uma série de escândalos financeiros, muitos dos investimentos da instituição foram considerados mal sucedidos.
Nos últimos anos, a empresa teve uma série investimentos que levaram o banco à crise, entre eles, oss empréstimos de mais de US$ 30 bilhões ao fundo Archegos Capital Management, que entrou em falência. Uma investigação independente concluiu que houve falhas na gestão de riscos, levando à demissão de pelo menos nove executivos.
Agora, o banco também perde investimentos em virtude de sua má gestão. Segundo Lauro Jardim, a família Bueno, dona do grupo Dasa e outros negócios, retirou recentemente cerca de R$ 5 bilhões de seus investimentos do Credit Suisse. O grupo optou em dividir esse capital em outras instituições como o Banco Santander e o Bradesco.