Proposta de nova greve dos caminhoneiros mobiliza quase 2 mil

Uma possível nova greve dos caminhoneiros teria já mobilizado cerca de 2 mil transportadores. Os profissionais estariam discutindo sobre a paralisação em cerca de 15 grupos no WhatsApp.

A possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros surgiu após a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), divulgada na última quinta-feira (18). A resolução altera a altera a tabela de preços mínimos dos fretes rodoviários. Os valores ficaram abaixo do esperado pela categoria, e muitos pediram uma nova paralisação, como aquela ocorrida em maio de 2018.

Saiba mais: Greve dos caminhoneiros: não haverá nova paralisação, diz Bolsonaro 

Entretanto, não todos os caminhoneiros concordariam em realizar uma nova greve. Parte da categoria seria refratária à ideia por causa das dificuldades financeiras que teriam caso decidissem parar de trabalhar.

Falta liderança

Os administradores dos grupos de WhatsApp negaram ser articuladores do movimento. Além disso, as lideranças da greve dos caminhoneiros de 2018 não estariam participando dos grupos. Os nomes dos grupos na rede social são no mesmo formato. No título eles têm a proposta de paralisação, a data do dia 22/07 e a sigla de um estado.

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Nos grupos há uma série de mensagem que vão desde convocações para greve, até críticas ao presidente Jair Bolsonaro, chamado de traidor. Os caminhoneiros emitem suas opiniões nos grupos com mensagens de áudio e vídeo. Há alertas também sobre possíveis ações de contrainteligência por parte do governo, que teria se infiltrado nos grupos.

A rotatividade dos grupos é elevada, com muitos participantes que entram e saem. O acesso aos grupos ocorre através de um link compartilhado no WhatsApp.

O ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, se reunirá com os representantes da categoria na próxima semana. Ainda não foi confirmada uma data certa para a reunião.

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A nova tabela de fretes que poderia desencadear uma nova greve dos caminhoneiros foi elaborada pela Esalq-Log, entidade da Universidade de São Paulo (USP). A tabela de frete, criada pelo governo do ex-presidente Michel Temer, previa uma série de revisões periódicas. A próxima revisão oficial está prevista para o início de 2020.

Carlo Cauti

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