Uma reestatização da Eletrobras (ELET3) no governo Lula seria possível? BTG responde
A Eletrobras (ELET3) não deve ser alvo de propostas de reestatização sob o governo Lula, como se especula no mercado, diz o BTG Pactual, segundo informações do Valor Econômico.
O processo de reestatização da Eletrobras seria extremamente oneroso para a União, explicam os analistas do BTG, e provavelmente teria resistência por parte do Poder Legislativo.
Além disso, o BTG avalia que em termos regulatórios o setor elétrico parece protegido.
Qualquer acionista que quiser comprar a Eletrobras vai precisar realizar uma oferta por todas as ações ordinárias e pagar um prêmio de 200%, com um custo estimado de US$ 300 bilhões, dizem os analistas do BTG.
Além disso, o processo precisaria ser aprovado pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, que possuem maioria partidos de oposição ao próximo governo, reitera.
O BTG tem recomendação de “compra” para as ações da Eletrobras, com o preço-alvo de R$ 62.
Recentemente, a Eletrobras informou que será lançado, em 1º de novembro de 2022, o seu novo Plano de Demissão Voluntária (PDV), o primeiro desde a privatização da companhia, que ocorreu em junho de 2022.
O Plano de Demissão Voluntária da Eletrobras está sendo implantado de forma simultânea nas empresas Eletrobras CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte e Furnas, assim como na própria holding.
Além disso, a empresa quer agora migrar o seu segmento de listagem na B3 (B3SA3) para o Novo Mercado.
Com isso, podem existir no futuro somente ações ordinárias da Eletrobras – atualmente a companhia tem preferenciais listadas sob o ticker ELET6.
O Bradesco BBI reforça recomendação de “compra” para os papéis da Eletrobras, com o preço-alvo de R$ 69. O anúncio de plano de demissão voluntária e estudo para conversão das ações PNB para ON são positivos para a empresa, diz o banco.
O BTG também avalia que o processo de demissão e conversão de ações configura um passo importante de reestruturação da companhia elétrica.
Cotação da Eletrobras
As ações da Eletrobras fecharam o pregão em alta de 2,89% nesta segunda-feira (31), cotadas a R$ 49,82.