Oi (OIBR3) contrata banco americano para lidar com credores

A Oi (OIBR3) contratou o banco de investimentos americano Moelis & Company para a auxiliá-la em tratativas com credores da companhia, conforme fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Segundo a Oi, isso se dá ‘visando otimizar o seu perfil de endividamento’ e ‘visa garantir o seu compromisso em continuar a implementação de seu plano estratégico de crescimento no mercado brasileiro’.

Segundo o fato relevante, as tratativas estão de acordo com a proposta apresentada e aprovada pelos credores da companhia em assembleia geral de credores realizada em 08 de setembro de 2020.

Atualmente a dívida líquida da Oi é de cerca de 11 vezes o seu Ebitda, exibindo um dos maiores graus de alavancagem de toda a bolsa de valores brasileira.

A Oi pediu proteção judicial de credores em junho de 2016, quando tinha, então, R$ 65 bilhões em dívidas.

Já nessa época o banco Moelis reuniu credores para uma negociação conjunta e chegou a trazer proposta de compra da Oi por um bilionário egípicio.

Desde então, aprovou um plano de recuperação em 2017 e um aditivo em 2020. Além disso, realizou diversos desinvestimentos e vendeu a unidade de telefonia celular às rivais Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3).

As alegações ao Ministério Público feitas apontam que a companhia mira R$ 11 bilhões de caixa em 2023, o que em tese garantiria a capacidade de honrar pagamentos por ao menos três anos.

Oi despencou 11% após proposta de grupamento

As ações da Oi cem mais de 25% após as novidades recentes comunicadas pela companhia, que incluem um grupamento de ações.

Além disso, recentemente ocorreram mudanças no negócio com o BTG Pactual (BPAC11).

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O conselho de administração da empresa aprovou um grupamento de ações da Oi. Com isso, serão grupadas todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia.

Uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Oi deve ser convocada para o dia 18 de novembro de 2022 para deliberar sobre esta proposta.

O objetivo principal da proposta de grupamento é o conseguir deixar a empresa com uma cotação acima de R$ 1 – regra exigida pela bolsa de valores.

Além disso, a proposta visa viabilizar “um mercado secundário mais saudável e justo, objetivo almejado pela própria regra da B3”, disse a empresa em comunicado.

Por fim, os papéis OIBR3, com isso, poderão voltar ao Ibovespa – sendo que há alguns meses a companhia ainda integrava o principa índices da bolsa brasileira.

Vale lembrar que as ações de emissão da Oi que lastreiam American Depositary Shares (ADRs) não vão ser objeto deste grupamento de ações.

Ou seja, as paridades dos ADSs com as ações locais vão ter um ajuste, buscando a manutenção do total de ADRs.

Uma vez que provado o grupamento via Assembleia Geral, o capital social da empresa, atualmente com cerca de 6,6 bilhões de ações, passará a ser dividido em aproximadamente 132 milhões de ações.

Assim, serão 128,9 milhões seriam ordinárias e outras 3,15 milhões serão preferenciais.

Somado a isso, os acionistas poderão ajustas suas posições em lotes múltiplos de 50 ações em um prazo de no mínimo 30 dias. Após esse prazo, as ações da Oi serão negociadas de forma grupada já no pregão em sequência.

Eduardo Vargas

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