Eleições 2022: Google (GOGL34) e Facebook (FBOK34) já faturam R$ 150 milhões com anúncios
No total, com as verbas vindas das eleições, foram cerca de R$ 150 milhões faturados pelo Google (GOGL34) e pelo Facebook (FBOK34). Os dados são da plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dentre os presidenciáveis, Simone Tebet (MDB) foi a que teve o maior gasto com as plataformas digitais nas eleições, com R$ 2,7 milhões no acumulado total. A senadora e candidata derrotada no primeiro turno destinou esses recursos majoritariamente ao Facebook.
Logo em seguida, no ranking, Lula (PT) aparece com gastos de R$ 2,2 milhões entre o Google e o Facebook – e a primeira foi a ‘predileta’ pelo presidenciável petista. Entre os anúncios no Google estão artigos dizendo que Lula é inocente nos mais de 20 processos judiciais que soma.
Esse comportamento vai na contramão do observado na eleição de 2018, quando o Facebook era o preferido dos candidatos.
Vale lembrar que plataformas como o Twitter (TWTR34) não aceitam propaganda política.
Jair Bolsonaro (PL) destinou cerca de R$ 13,7 milhões em 645 peças anunciadas no Google. O atual presidente passou a gastar mais com esse tipo de publicidade no segundo turno.
Uma fatia de mais de 85% dos anúncios distribuídos têm formato de vídeo, mostrando que o foco dos investimentos no Google visa o YouTube. Tanto Lula quanto Bolsonaro miram mais eleitores de São Paulo e Minas na campanha do segundo turno.
No Facebook, foram R$ 1,5 milhão gastos por Bolsonaro, com diversas peças, ante R$ 768 mil do petista.
Em segmentações partidárias, quem teve o maior gasto foi a União Brasil, com cerca de R$ 21 milhões gastos em propagandas políticas no Google e no Facebook.
Como é o gasto com eleições nos EUA
Nos Estados Unidos, os gastos com propaganda eleitoral representam cerca de 3% das receitas da Meta, a holding que controla o Facebook.
Foram US$ 264 milhões com anúncios no acumulado de 2020, ano da última eleição presidencial que alçou o democrata Joe Biden à cadeira de Presidente dos Estados Unidos.
Apesar disso, os conteúdos – nos EUA e no Brasil – têm sido mais monitorados pelas empresas de tecnologia. Por aqui, foram mais de 600 mil posts e anúncios excluídos durante o período de eleições.