Dólar fecha em alta de 0,455% com corte do PIB no Boletim Focus

O dólar fechou em alta de 0,455% nesta segunda-feira (15). A valorização da moeda norte-americana foi impulsionada pelos dados negativos do Boletim Focus, assim como pela desaceleração do crescimento na China.

No começo do dia, o dólar abriu em queda de -0,147%, negociado a R$ 3,732. Entretanto, no final do dia, após as previsões negativas sobre a economia brasileira e as notícias sobre o possível adiamento da reforma da Previdência, a moeda norte-americana fechou em R$ 3,755

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Boletim Focus

Os economistas entrevistados pelo BC no Boletim Focus reduziram pela 20ª vez seguida a previsão de crescimento do PIB em 2019. Segundo o documento, divulgado nesta segunda-feira (15), a economia brasileira deverá crescer apenas 0,81% esse ano.

A previsão do Boletim Focus da última segunda-feira (8) indicava um crescimento do PIB de 0,82% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano.

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As previsões de crescimento para 2020 foram reduzidas para 2,10%. Em contrapartida, a previsão para 2021 e para 2022 é de expansão de 2,5% no PIB.

Saiba mais: Boletim Focus reduz PIB pela 20ª vez; Economia crescerá 0,81%

Esse novo corte nas previsões continua seguindo a tendência iniciada após a divulgação dos dados de 2018. No dia 1º de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o crescimento do PIB em 2018 foi de 1,1%. Desse forma, o resultado  repetiu o fraco desempenho de 2017.

Além disso, no dia 30 de maio, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro sofreu uma retração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano. Essa expansão modesta acabou reduzindo as expectativas para este ano por causa do carregamento estatístico.

China cresce abaixo das expectativas

A China teve um segundo trimestre abaixo do esperado neste ano. O país apontou o ritmo mais lento de crescimento desde 1992. Entretanto, a expansão foi de 6,2% em relação ao mesmo período de 2018. Apesar desse avanço ser significativo para muitos outros países, o número representa um ritmo lento de desenvolvimento se tratando da China.

Os EUA, de Donald Trump, podem ser os principais responsáveis por isso. Isso porque a Guerra Comercial com a China movimentou os mercados de todo o mundo e impôs taxas e restrições em certos períodos. Dessa forma, a China foi prejudicada.

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Em março deste ano, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang impôs uma meta de 6% a 6,5% para o desenvolvimento do PIB neste ano.

IBC-Br em alta

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta em maio em relação a abril, segundo os dados divulgados pelo Banco Central, nesta segunda-feira (15). Essa é a primeira alta do nível após quatro meses de queda seguida.

De acordo com o estudo, o PIB cresceu 0,54% durante o período, com ajuste sazonal.

Saiba mais: Prévia do PIB registra alta após quatro meses seguidos de queda 

Na comparação anual com maio, a alta foi de 3,06%. Entretanto, é importante lembrar que os resultados de maio de 2018 foram prejudicados devido a greve dos caminhoneiros.

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O resultado parcial do ano registrou uma expansão de 0,94% da economia. Já na comparação de 12 meses até maio, o crescimento foi de 1,31%.

OAS pode chegar a falência

A OAS, uma das maiores empreiteiras do Brasil, corre risco de falir. A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” nesta segunda-feira. Tudo teve início em novembro de 2014, quando o presidente da empresa, Léo Pinheiro, foi preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato.

No ano em que seu presidente foi preso, a OAS registrava uma receita bruta de R$ 7,7 bilhões. No entanto, sua situação a se agravar após a prisão, segundo os relatórios entregues à Justiça, e em 2015 foi aberta a recuperação judicial da companhia.

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Nos últimos meses, a administradora judicial Alvarez & Marsal apontou em documentos que a situação da empreiteira é grave. Tanto que, em um dos documentos entregues à Justiça em abril, afirmou estar em dúvida sobre “a capacidade de soerguimento das suas atividades empresariais”.

Já em junho deste ano, a administradora da recuperação afirmou que o grupo está em “estágio crítica” e que depende de recursos extraordinários para se manter. Esses recursos são captados através da venda de ativos e antecipação de precatórios.

Isso porque os valores vindos das obras da empreiteira têm sido baixos, já que, desde o pedido de recuperação judicial, a empresa passou de 80 obras no Brasil e no exterior para cerca de 20.

Última cotação

Na última sessão, na sexta-feira (13), o dólar encerrou em queda de -0,325% negociado a R$ 3,7393 na venda. Essa foi a menor cotação da moeda norte-americana desde o dia 27 de fevereiro deste ano.

Carlo Cauti

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