Fed pode fazer ‘aperto mais leve’ nos juros em dezembro, mostra CME

O monitoramento do CME Group mostrou, no início desta sexta-feira (21) que há uma chance um pouco maior de que o Federal Reserve, o Fed, aperte menos os juros em dezembro, com uma postura menos hawkish.

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Ainda assim, a aposta majoritária continua a ser de trajetória ainda dura na política monetária por parte do Fed, sem alteração na aposta amplamente majoritária para novembro.

Para a próxima reunião, com decisão em 2 de novembro, 91,4% de chance é de uma alta de 75 pontos-base nos juros (de 98,4% ontem) e 8,6% de uma elevação de 50 pontos-base (de 1,6% ontem), segundo dados do CME.

Caso a hipótese vista como amplamente mais provável se concretize, os juros nos EUA irão à faixa entre 3,75% e 4,00%.

Para 14 de dezembro, 61,3% das apostas seriam de nova alta de 75 pontos-base nos juros – já levando em conta a provável alta de 75 pontos-base de novembro.

Na quinta-feira, havia 75,4% de chance de que isso se concretizasse, no monitoramento do CME Group.

A possibilidade de uma alta de 50 pontos-base em dezembro avançava, de 24,2% ontem a 35,9%, enquanto a de uma elevação de apenas 25 pontos-base passou de 0,4% a 2,8%.

Dirigente do Fed de São Francisco diz querer evitar aperto excessivo

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta sexta (21) que deseja evitar um aperto “excessivo” na política monetária, que prejudique a economia desnecessariamente.

Ao mesmo tempo, ela enfatizou que o ciclo de alta de juros ainda não terminou e disse que indicadores recentes “não têm cooperado”, durante evento da Universidade Berkeley.

Sem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Mary Daly disse que o crescimento econômico dos EUA deve ficar “abaixo da tendência” em 2023.

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Ao avaliar o quadro atual, ela disse que o mercado imobiliário desacelerou “de modo considerável”. Já o mercado de trabalho “ainda está robusto, mas definitivamente desacelera”.

Mary Daly disse que mais aperto é necessário e também advertiu contra recuar muito cedo no aperto, a fim de garantir que a meta de inflação seja atingida.

A presidente do Federal Reserve de São Francisco afirmou que pode haver mais altas de 75 pontos-base nos juros nos Estados Unidos, no ciclo atual de aperto, mas também disse que deve haver uma redução nesse ritmo adiante, para elevações de 50 ou 25 pontos-base.

Ela considerou que agora é o momento de o Fed “começar a discutir” a redução no ritmo das altas de juros.

Segundo ela, as pessoas não devem pensar que os juros do Fed serão elevados sempre em 75 pontos-base, como ocorreu em reuniões recentes.

Mary considerou que os juros em 4,5% a 5% “parece nível razoável” para se chegar ao fim deste ciclo, mas enfatizou que será preciso responder aos indicadores da economia, sem se comprometer com um nível a priori.

Ao fim do ciclo de altas, “ficaremos lá por um tempo”, sem cortar os juros cedo para garantir que a inflação seja controlada, disse a dirigente do Fed de São Francisco.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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