Credit Suisse (C1SU34) contrata bancos e pode anunciar aumento de capital
O Credit Suisse (C1SU34) contratou o Morgan Stanley e o Royal Bank of Canada (RBC) para um potencial aumento de capital. As informações são da Bloomberg.
O aumento de capital pode ocorrer após o anúncio formal de reestruturação do Credit Suisse em 27 de outubro, segundo a Bloomberg. A operação foi intitulada “Projeto Gana”.
O Credit Suisse alinhou diferentes bancos para a possível venda de ações, disseram fontes anônimas alinhadas com o tema. O aumento ocorre com a possibilidade de o banco precisar fortalecer seu patrimônio e levantar fundos para sua reestruturação.
Nos últimos dias, o Credit Suisse tem sido alvo de rumores de que estaria enfrentando dificuldades e poderia quebrar.
A crise do Credit Suisse é estimulada por um receio do mercado com o crédito e a capacidade de o banco honrar compromissos, que é o que irá determinar se tornará insolvente ou não, diz Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.
Mas a questão principal é a credibilidade, diz Alves, que pode retirar o crédito e a capacidade de pagamento.
“O momento atual do Credit é de arrumar a casa”, diz Lucas Sharau, assessor de investimentos da iHUB Investimentos.
Há danos que envolvem as decisões de investimento do banco suíço, e até sua reputação, explica Sharau.
A consequência é a perda de confiança do correntista em sacar seu dinheiro, trazendo consigo um problema grave de liquidez, obrigando-o a vender ativos e participações, diz.
O Credit Suisse já anunciou que irá fazer uma reestruturação das operações e vender parte das operações. Especula-se que o CEO, Christian Meissner, deva deixar o cargo.
Alves avalia que, se de fato o rombo for maior do que essa capitalização e de que virão a levantar de recursos, o Credit Suisse pode ter problemas. A reestruturação viria justamente para tentar evitar o cenário, explica.
Na primeira semana de setembro, o Credit Suisse anunciou uma recompra surpresa de US$ 3 bilhões de seus títulos seniores.
Essa recompra, diz o executivo, tem a intenção de passar credibilidade para o mercado a imagem de que instituição está segura, além de alongar a dívida e tornar custo da dívida mais baixo.
“É uma sinalização positiva para o mercado, que mostra que o Credit Suisse está se movimentando para evitar o risco de insolvência”, conclui Alves.