Banco do Brasil (BBAS3) reformula conta e busca dobrar base

O Banco do Brasil (BBAS3) reformulou a conta que oferecia para clientes com menos de 18 anos de olho na preferência desse público pelo digital.

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Transformada em BB Cash, a conta será aberta totalmente por canais online do Banco do Brasil e permitirá compras na internet, uso do Pix e aplicação em investimentos e em previdência.

O Banco do Brasil tem cerca de 1 milhão de clientes ativos com idades até 18 anos, vindos tanto da antiga Conta Jovem quanto de outros produtos contratados pelos pais, como a previdência privada, por exemplo. A meta é dobrar essa base nos próximos dois anos, em uma das alavancas da estratégia de rejuvenescimento que levou o banco ao universo dos games e ao metaverso.

“Há uma série de iniciativas que podem não parecer conectadas, mas que estão em uma estratégia mais ampla, para que possamos rejuvenescer a base e trazer (o jovem) para dentro do Banco do Brasil”, afirma o presidente do banco público, Fausto Ribeiro, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A BB Cash nasce com cartão, Pix, investimentos e previdência, e deve ganhar em breve novas funções com viés de educação financeira. A conta é aberta a partir de uma autorização do responsável pelo menor de idade através do aplicativo do banco. Em seguida, o próprio adolescente faz o processo de abertura e depois, o uso é liberado pelo responsável, que pode acompanhar a utilização dos recursos.

A presença desse público no digital inspirou algumas das funções. O cartão, por exemplo, é de “crébito”: as compras são debitadas diretamente da conta do cliente menor de idade. No entanto, permite fazer compras online, uma função tipicamente do cartão de crédito.

De acordo com Ribeiro, uma das principais diferenças da BB Cash para outras contas destinadas a menores de idade é o fato de que quando completar 18 anos, o cliente continua com a mesma conta.

Para o Banco do Brasil, é uma oportunidade de manter esse jovem na base, oferecendo outros pacotes de produtos e serviços à medida que ele amadurece – caso da conta universitária.

Com a BB Cash, o alvo são jovens com idades entre 13 e 18 anos incompletos, faixa que pode ser expandida à frente. “A ideia é chegar até 7 anos (de idade). Vamos verificar o que fazer para viabilizar isso: pegar a criança e passar a educar financeiramente, com os pais acompanhando”, diz o presidente do banco.

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Peças do quebra-cabeça

A reformulação da conta para adolescentes é mais uma peça do quebra-cabeça que, aos 214 anos, o Banco do Brasil monta para rejuvenescer a marca em meio à competição com bancos digitais, que têm nos jovens seu principal público. A BB Cash é paralela, por exemplo, ao investimento que o banco fez, através de um fundo, na fintech Yours Bank, também destinada a adolescentes.

“A Yours vai nos ensinar muita coisa. A ideia tem muitas similaridades: quando falamos em educação financeira, também queremos levar para lá (BB Cash)“, afirma Ribeiro.

De acordo com ele, parte das funções futuras da nova conta terá viés de gamificação, que é a estruturação de diferentes produtos e serviços seguindo a lógica dos jogos, com estímulos e “fases” a vencer.

O executivo acredita que engajar os clientes é o futuro da indústria bancária, e que isso depende de investimentos em diferentes frentes. Três pilares são citados por ele como fundamentais: o metaverso, em que o Banco do Brasil entrou no fim do ano passado; o uso de inteligência artificial, para personalizar a experiência dos clientes; e a exploração de diferentes ecossistemas. “Eu considero metaverso, inteligência artificial e exploração dos ecossistemas como sendo fundamentais para a gente levar o banco para um novo mundo”, afirma.

No quebra-cabeças do Banco do Brasil, isso inclui o investimento no público gamer, iniciado em 2018, o investimento em tecnologia e a presença em diferentes servidores do metaverso, sendo a Roblox (ou BraBlox) a mais recente “versão”.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Ana Clara Macedo

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