Bolsa de Valores atinge valor recorde em ofertas de ações no 1º semestre
A Bolsa de Valores de São Paulo somou R$ 29,3 bilhões em ofertas de ações durante o primeiro semestre deste ano, segundo a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), na última quinta-feira (11).
O valor adquirido pela Bolsa de Valores é superior aos R$ 11,3 bilhões conseguidos durante todo o ano de 2018. Além disso, é o maior valor do período na série histórica, que teve início em 2002.
Para o vice-presidente da Ambima, José Eduardo Laloni, o resultado histórico aconteceu por conta do otimismo relativo a reforma da Previdência. “O segundo trimestre foi bastante aquecido e promissor para a renda variável, já refletindo as expectativas positivas do mercado sobre a reforma da Previdência”.
De todo o valor movimentado, R$ 4,5 bilhões correspondem a ofertas iniciais de ações, os IPOs e os R$ 24,8 bilhões em ofertas subsequentes, os follow-ons.
Durante o primeiro semestre deste ano, as empresas brasileiras movimentaram R$ 212,6 bilhões na Bolsa, uma alta de 23% em relação ao mesmo período do ano de 2018. Desse total, R$ 130,4 bilhões foram internamente.
De acordo com Laloni, “com a notícia da aprovação na Câmara dos Deputados em primeiro turno, renovamos nosso otimismo quanto a novas emissões de ações nos próximos semestres”.
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Os fundos de investimentos foram importantes para o resultado fnal, já que registraram uma forte alta na compra de ações, passando de 26,6% em 2018 para 50% em 2019. Essa alta aconteceu por conta dos investidores que passaram a buscar essa prática de investimento e tambpem aos retornos mais altos nos fundos, principalmente das ações e dos multimercados.
Debêntures
As debêntures emitidas tanto no Brasil quanto no exterior chagaram a R$ 84,6 bilhões no período, um alta de 9% na comparação anual que captou R$ 77,5 bilhões.
Os prazos de vencimentos dos títulos foram aumentados e, com isso, os que venciam em até três anos recuou de 36,4% para 15,8%. Em contrapartida, os de quatro a seis anos subiu 9 pontos percentuais e o de sete a nove anos subiu 12 pontos percentuais.
Enquanto isso, as movimentações referentes a fundos imobiliários subiram 40%, passando de R$ 8,3 bilhões para R$ 11,6 bilhões.
Já os Certificados de Recebíveis de Agronegócio (CRAs) movimentaram R$ 5,4 bilhões, e as letras financeiras R$ 6,6 bilhões.
Mercado externo
Fora do país, as companhias brasileiras somaram US$ 12,3 bilhões em movimentações durante o primeiro semestre. Destes, US$ 12 bilhões foram de renda fixa e US$ 300 milhões em renda variável.
Por volta das 11h, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, recuava -0,12% sendo cotado em 105.023,44 pontos.