Ibovespa opera em queda após Payroll; Vale (VALE3) salta 4%

O Ibovespa opera em queda de 0,18% nesta sexta-feira (7), aos 117.474 pontos, indo na mesma direção de Wall Street.

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Assim como o Ibovespa hoje, o mercado americano mostra quedas, com 0,9% de baixa no Dow Jones e 1,2% no S&P. Na Europa, os mercados também mostram quedas generalizadas, com 0,8% de baixa na bolsa da Alemanha – que mostrou indicadores econômicos piores do que o esperado hoje.

Essas quedas ocorrem apesar de o Payroll dos Estados Unidos ter vindo acima do esperado. Conforme os dados divulgados nesta sexta (7), foram 265 mil empregos não-agrícolas em setembro, acima das estimativas de 250 mil empregos.

Dentro da bolsa brasileira, a Vale (VALE3) segue na ponta positiva, com mais de 4% de alta, ficando dentre as maiores altas do intradia por volta das 10h30.

Além disso, outras empresas vinculadas às commodities mostram leve avanço, na casa de 1%, no intradia.

A ponta negativa é dominada por bancos, varejistas e empresas do segmento de construção civil, com destaque para as retrações de mais de 3% da MRV (MRVE3) e de mais de 2,5% no Bradesco (BBDC4).

O cenário de commodities mostra que o petróleo Brent sobe 1,13% no intradia, a US$ 95, digerindo as movimentações da Opep+ desta semana e os dados dos estoques dos EUA, divulgados dias antes.

O mercado de câmbio mostra alta do dólar em 0,21% no intradia, a R$ 5,220 – patamar que fica em linha com o que é projetado por especialistas para 2022, segundo o Boletim Focus.

Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

  • Payroll vem acima do esperado
  • Analistas aumentam otimismo com Vale
  • CSN emitirá debêntures

Payroll e dados de emprego dos EUA

Apesar de ter vindo acima da estimativa dos analistas, o Payroll de setembro segue abaixo dos números prévios, de 315 mil novos empregos.

Além dos dados do Payroll, os EUA divulgaram uma taxa de desemprego em 3,5%, abaixo dos 3,7% esperados e do mês anterior. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA caiu para 62,3%, contra 62,4% anteriormente.

“Os dados mostram que a inflação ainda não está controlada. Assim que saíram os dados, dólar subiu forte acompanhando DXY no mundo. Índice futuro no Brasil despencou. Bolsas internacionais caem e o Ibovespa acompanha queda. Na minha opinião, o FED deve manter política contracionista de aumento de juros. Não vemos nem sombra de queda de juros no curto prazo”, comenta Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital. comenta: “Para mim, o mercado de trabalho continua sendo o ponto mais brilhante da economia dos EUA e vem fornecendo uma base sólida para o Federal Reserve continuar o aumento das taxas de juros sem desencadear uma recessão profunda e dolorosa. Nossos analistas, assim como eu, enxergam uma moderação contínua no emprego e no crescimento dos salários nos próximos meses, à medida que o aumento das taxas de juros afeta o investimento empresarial e as contratações. Com isso, estamos prevendo o desemprego superior a 4%, durante o primeiro semestre de 2023, o que estaria em linha com as metas do Fed para reequilibrar a oferta e a demanda de mão-de-obra, mas que também poderia desencadear uma recessão no início do próximo ano. Porém, considerando que essa seria uma taxa de desemprego relativamente baixa, qualquer recessão, nesses moldes, seria curta e rasa.”

Vale pode ‘destravar valor’

Destaque na bolsa de valores hoje, a Vale tem sido alvo de novas revisões por parte de analistas. Conforme reportado pelo Suno Notícias, o Bank of America (BofA) destacou ainda ontem que a empresa ‘está empenhada em destravar valores para acionistas e deve concretizar seus planos logo’.

Mais cedo nesta semana a empresa confirmou a informação de que teria contratado assessores para destravar valor no longo prazo para seus acionistas.

Uma matéria do Financial Times da quarta (5) afirmou que a Vale contratou o Goldman Sachs para estudar uma potencial transação de venda de uma fatia de sua unidade de metais básicos, cerca de 10% a 15% que poderiam somar US$ 2,5 bilhões.

Com isso, os analistas do BofA estimam que essa venda some um valuation total de US$ 16 bilhões a US$ 25 bilhões pelo ativo.

Antigas estimativas da casa, por outro lado, apontavam um valuation de US$ 12,5 bilhões a US$ 17,5 bilhões, tendo como base um Ebitda de US$ 2,5 bilhões por ano e um múltiplo de 5x a 7x do Ebitda.

O “novo” valor do ativo implica uma descoberta de valor de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões para a Vale.

Movimentação da CSN

Conforme comunicado na véspera, Conselho de Administração da CSN (CSNA3) aprovou sua 12ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, com esforços restritos, no valor de R$ 1,5 bilhão.

Serão debêntures com prazo de vencimento de 62 meses.

Maiores altas do Ibovespa

Por volta das 10h40, as 5 maiores altas do Ibovespa eram:

  • VALE3: +2,5%
  • MRFG3: +2,5%
  • AMER3: 2,2%
  • CIEL: 1,6%
  • CASH3: 1,4%

Maiores baixas do Ibovespa

Por volta das 10h30, as maiores baixas do Ibovespa eram:

  • MRVE3: -3,7%
  • BBDC4: -2,9%
  • BBDC3: -2,6%
  • ABEV3: -2,6%
  • HAPV3: -2%

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão da quinta-feira (6) em alta de 0,31%, a 117.560,83 pontos.

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Eduardo Vargas

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