Ações da Refinaria de Manguinhos sobem 15%; em julho, alta é de 435%
As ações da Refinaria de Petróleos de Manguinhos (Refit/RPMG3) apresentavam alta de 15,88% por volta das 13h38 desta quarta-feira (10), com cotação a R$ 9,85.
Apenas em julho, a valorização da Refinaria de Petróleos de Manguinhos já ultrapassa 435%, considerando o fechamento do dia 28 de junho de R$ 1,84.
Na última sexta-feira (5), a pedido da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a refinaria manifestou-se sobre a significativa valorização de seus papéis.
Conforme a empresa, o interesses dos investidores “devem estar relacionados ao momento de mudança na política governamental de produção e distribuição de combustível no Brasil”.
Ainda no comunicado, a refinaria também apontou que as transformações que estão sendo estudadas e que deverão ser impostas ao mercado de combustíveis brasileiro se tornarão responsáveis pela ampliação da concorrência e vão “propiciar a real abertura do mercado”.
“Nesse sentido, a Refit, como uma das poucas refinarias de petróleo privadas do país, assume o protagonismo em reafirmar a necessidade de alterações normativas para a real e necessária abertura do mercado de produção e distribuição no País. Especialmente no que diz respeito às normas que impõem a tutela regulatória de fidelidade à bandeira e a impossibilidade de venda direta dos combustíveis das produtoras aos revendedores”, finalizou a empresa.
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Petrobras
A Petrobras (PETR3) iniciou o processo de venda integral de oito refinarias, do total de 13. O anúncio foi feito no último dia 28.
O processo de divulgação da venda das subsidiárias da Petrobras será feito em duas etapas. Na primeira delas estão inclusas as refinarias e seus ativos logísticos de:
- Abreu e Lima (RNEST) – Pernambuco;
- Landulpho Alves (RLAM) – Bahia;
- Presidente Getúlio Vargas (REPAR) – Paraná;
- Alberto Pasqualini (REFAP) – Rio Grande do Sul.
“Os desinvestimentos representam, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional. O que totaliza1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado”, disse a estatal.
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Para a segunda fase, serão envolvidas as refinarias de:
- Gabriel Passos (REGAP);
- Isaac Sabbá (REMAN);
- Unidade de Industrialização do Xisto (SIX);
- Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR).
As vendas das refinarias fazem parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos da Petrobras. Tal programa está previsto no Plano de Negócios e Gestão 2019-2023.
O CEO da petroleira, Roberto Castello Branco declarou em 11 de junho que o monopólio da estatal petrolífera é inaceitável. O executivo indicou a venda de refinarias da estatal como forma de aumentar a concorrência no mercado.
“Isso é um absurdo, não pode acontecer, mas aconteceu porque, no fundo, tem uma empresa que detém esse monopólio. Monopólio é inaceitável em uma sociedade livre”, afirmou o presidente da petrolífera.
Com a conclusão da venda das oito refinarias, a capacidade de refino da Petrobras deve cair 50%. Deste modo, há maior fatia de mercado para a participação de empresas com a Refinaria de Petróleos de Manguinhos (Refit).