Amazon (AMZO34) desiste de mudança para o Faria Lima Plaza, do XPPR11, diz site
Após dois anos de negociações, a Amazon (AMZO34) desistiu de se mudar sua operação no Brasil para o Edifício Faria Lima Plaza. Atualmente 40% do imóvel pertence à XP, que o administra por meio do fundo imobiliário XP Properties (XPPR11), e os demais 60% ficam na mão do Grupo VR, do empresário Abram Szajman. As informações são de fontes familiarizadas com o assunto, dadas à Bloomberg Línea.
As negociações visavam uma área de 20 mil metros quadrados no FL Plaza, localizado no Largo da Batata, na Ponta Norte da Avenida Faria Lima.
A recusa da Amazon em ocupar o edifício administrado pelo XPPR11 veio em meio ao cenário de desaceleração global, alta de juros – que prejudica especialmente empresas de tecnologia – e também por conta da tendência de trabalho híbrido ou remoto.
Desde o início de 2022, as ações da Amazon caem cerca de 30% na Nasdaq. “Os grandes ocupantes ainda não viraram a página para a volta aos escritórios. Voltaram muito pouco percentualmente falando, porque o modelo híbrido está funcionando. São empresas com 15 mil metros quadrados para cima de ocupação”, disse uma das fontes à Bloomberg.
A big tech, se fechasse o contrato de aluguel com o Fundo XPPR11, seria uma das maiores inquilinas do Edifício Faria Lima Plaza em conjunto com a Shopee, varejista de e-commerce de Singapura.
O edifício foi projetado pelo KPF, escritório de arquitetura americano que também desenhou outros prédios icônicos como o Hudson Yards e o Infinity, além das sedes da Meta (FBOK34) e do Credit Suisse no Itaim Bibi.
Atualmente a operação da Amazon no Brasil fica na Vila Olímpia, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek.
Entenda a negociação da Amazon com o XPPR11
A ocupação somada da Amazon, da Shopee e do escritório Cescon Barrieu – que tem duas lajes – corresponderia a cerca de 95% da área bruta locável do imóvel.
Ainda em 2020, o Nubank (NUBR33) chegou a cogitar alugar todo o prédio.
As negociações, ainda em meados de julho de 2021, ganharam fôlego e chegaram à reta final, podendo tornar o edifício – em meio à revitalização do Largo da Batata – um polo corporativo do e-commerce.
Contudo, a negociação com a Amazon não foi concluída mesmo com anos de tratativas, conforme reportado pela Bloomberg. À reportagem, a Amazon disse que “não comenta especulações de planos futuros.
Novas mudanças no cenário macroeconômico, contudo, poderiam levar à empresa de Jeff Bezos à novas negociações e a fechar o contrato futuramente, conforme uma outra fonte anônima.
O porta-voz da companhia, Brad Glasser, disse que a empresa trabalha com os funcionários ‘para garantir que sua transição seja perfeita’ e segue priorizando ‘o melhor suporte da categoria para os clientes’.
“Estamos oferecendo aos membros adicionais de nossa equipe de atendimento ao cliente a maior flexibilidade que veio com o trabalho virtual”, disse o porta-voz da Amazon, à Bloomberg.