Elon Musk quer criar ‘app de tudo’ e compra do Twitter (TWTR34) pode servir para esse objetivo
O CEO da Tesla (TLSA34), Elon Musk, disse na terça (4) que o Twitter (TWTR34) – empresa a qual ele está envolvido em um processo de compra – é “um acelerador para criar o X, o app de tudo”.
Em sua conta na rede social, o empresário fez a afirmação no mesmo dia em que protocolou junto à comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) documento reafirmando sua proposta para a compra do Twitter.
Buying Twitter is an accelerant to creating X, the everything app
— Elon Musk (@elonmusk) October 4, 2022
Musk pretende proceder ao fechamento da transação que teve um acordo no dia 25 de abril de 2022, nos termos e sujeito às condições nele estabelecidos e pendente do recebimento do produto do financiamento da dívida contemplado por ele, de acordo com uma carta enviada à SEC.
O acerto prevê o pagamento de US$ 54,20 por ação do Twitter.
“As Partes Musk fornecem este aviso sem admissão de responsabilidade e sem renúncia ou prejuízo a qualquer um de seus direitos”, diz ainda o documento.
As ações do Twitter chegaram a saltar 13% na Nasdaq após a notícia.
Segundo a Bloomberg, a proposta teria sido feita pelo dono da Tesla (TSLA34) em uma carta enviada ao Twitter. As informações teriam sido dadas por pessoas próximas ao bilionário que acompanhavam de perto a negociação.
Se confirmada, a decisão de Musk pega o mercado de surpresa, já que o homem mais rico do mundo estava lutando judicialmente para poder desistir da compra da empresa.
Elon Musk decidiu comprar Twitter em abril
Musk, em meados de abril, decidiu comprar o Twitter e torná-lo privado. Logo de início, ele comprou 9% das ações da empresa e se tornou o acionista majoritário.
Em seguida, para comprar a totalidade da empresa, ofereceu US$ 54,20 por ação e prometendo afrouxar o policiamento de conteúdo da empresa e erradicar as chamadas contas falsas. O valor total chegaria a cerca de US$ 44 bilhões.
Ele chegou a ser indicado para o conselho da empresa, mas recusou a oferta na ocasião.
Musk tentou desistir do acordo em julho, alegando que a empresa se recusava a fornecer informações precisas sobre o número de contas falsas e spams em sua plataforma.
O Twitter posteriormente processou Elon Musk para forçá-lo a concluir a aquisição da empresa. O julgamento do caso estava previsto para começar em 17 de outubro.
Com Estadão Conteúdo