Eneva (ENEV3) finaliza aquisição de 100% da Celsepar por R$ 6,7 bilhões

A Eneva (ENEV3) concluiu nesta segunda-feira (3) a aquisição de 100% das ações de emissão da Celsepar (Centrais Elétricas de Sergipe), por R$ 6,7 bilhões.

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A Celsepar tem como principal ativo operacional a Usina de Porto de Sergipe, localizada no litoral de Sergipe, em Barra dos Coqueiros.

De acordo com nota da Eneva, a termelétrica da Celse tem capacidade de 1,6 GW e é uma das maiores plantas a gás em funcionamento da América Latina.

Além disso, a usina desempenha papel fundamental na segurança energética do Nordeste do país. Sua capacidade equivale a 15% da demanda de energia da região. A unidade está totalmente contratada no ambiente regulado até dezembro de 2044.

“A aquisição da Celse reforça ainda mais a atuação da Eneva na geração de energia a gás natural na região Nordeste, que depende dessa fonte para assegurar o suprimento de eletricidade”, afirmou Pedro Zinner, CEO da Eneva. “Com esse movimento, teremos acesso a outras fontes de gás, como o GNL importado, e à malha de gasodutos que atende a região, podendo, inclusive, comercializar esse gás.”

A operação também representa um passo fundamental para a companhia ter sua primeira infraestrutura de hub de gás. Ou seja, além da exploração e de unidades geradoras, a Eneva pretende contar com gasoduto e porto que permitam a comercialização e o escoamento do produto, o que contribui para a ampliação dos horizontes de negócio da companhia.

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A Eneva passa a deter, ainda, os direitos de expansão da Usina sergipana, com um pipeline adicional de 3,2 GW de projetos.

Eneva vence leilão de capacidade no Norte

Eneva saiu vencedora do 2º Leilão de Reserva de Capacidade na forma de energia (LRCE) de 2022, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Junto com a Eneva, a Global Participações Energia também conseguiu entrada na operação.

Ao todo, o leilão contratou 729 megawatts (MW) para a região norte do Brasil, com propostas para três empreendimentos: UTE Manaus I, da GPE, e Azulão II e Azulão IV, ambos da Eneva.

preço médio foi de R$ 444 por megawatt-hora (MWh), sem deságio.

De acordo com dados do leilão realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o investimento previsto no certame é de R$ 4,1 bilhões. A receita fixa do leilão foi de R$ 2,4 bilhões.

Os projetos da Eneva demandarão investimentos de R$ 3,36 bilhões, enquanto o da GPE, R$ 783 milhões, segundo a CCEE.

O fornecimento do gás às usinas da Eneva será feito a partir das concessões da empresa na Bacia do Amazonas, com aumento da capacidade máxima de produção de um milhão de metros cúbicos por dia para cinco milhões.

A licitação online, que acabou em 16 minutos, é a primeira destinada a cumprir com uma proposta paralela inclusa dentro do texto da privatização da Eletrobras (ELET3) — o chamado “jabuti”, no jargão político, obriga a contratação a obrigação de contratação de um total de 8 GW em termelétricas.

O objetivo contratar 2 GW de termelétricas movidas a gás natural, sendo 1 GW no Norte, para início de suprimento em 31 de dezembro de 2026, e 1 GW no Maranhão e Piauí, para início de suprimento em 31 de dezembro de 2027.

Para a região Nordeste, não foram apresentadas propostas.

Os contratos negociados pela Eneva e a GPE nesta sexta-feira terão prazo de 15 anos. As usinas terão inflexibilidade anual (valor de geração mínima obrigatória) de 70%.

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Victória Anhesini

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