Zema é reeleito governador de MG: veja os planos para área econômica
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi reeleito para o cargo em primeiro turno nas eleições deste domingo, segundo projeções do Datafolha.
O candidato do Novo foi o primeiro filiado à legenda a chegar ao comando de um estado. O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ficou em segundo lugar.
O agora governador reeleito de Minas Gerais lista em seu plano de governo de 20 páginas, apresentado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma série de medidas que pretende adotar em seu governo.
Veja propostas de Romeu Zema
Zema cita logo na introdução do documento que pretende manter uma gestão pautada pela organização financeira e responsabilidade fiscal, respeito ao contribuinte, transparência, inovação, bem como coordenação das políticas para geração de empregos, qualidade do ensino, promoção da saúde, segurança, mobilidade, dentre outras áreas em benefício da população.
Neste sentido, os eixos de seu plano de governo são o empreendedorismo, a autonomia, a desburocratização e a transformação digital.
Para Zema, de acordo com seu plano de governo, política também é lugar para empreendedores e ele pretende fomentar um “ambiente propício para quem quer empreender, desenvolver negócios sustentáveis e inovar, gerando renda, soluções inteligentes e empregos”, conforme consta no documento.
O governador ressalta a importância, segundo ele, de que a população mineira não se preocupe com burocracias consideradas por ele como “inúteis” e “desajustadas”, mas não menciona quais seriam.
Quanto a transformação digital, a pretensão é de Zema é a de manter e expandir ainda mais a digitalização eficiente, usar recursos tecnológicos de ponta para automatizar atividades e dessa forma, prover melhores serviços públicos.
A privatização de empresas estatais, como a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), também é uma das propostas de Zema, mas não consta em seu plano de governo. Ela foi citada apenas em entrevista.
Segundo ele, durante uma sabatina promovida pelos jornais Valor Econômico, O Globo, Extra e pela rádio CBN, “A empresa se envolveu em maus negócios no passado em razão da influência política na gestão e que uma empresa estatal que não atende o público escraviza a população”.
Zema acredita que a desestatização é uma das formas de garantir serviços de melhor qualidade e mais acessíveis ao cidadão mineiro, “assim como foi com os serviços de telefonia no Brasil”.
Nessa citação ele se refere à Telebrás, privatizada há 24 anos pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
No documento apresentado ao TSE, Zema defende a ampliação de programas de concessão e de parcerias público-privadas, inclusive para a operação de rodovias, aeroportos e transporte metropolitano.
O texto propõe também a criação de um marco legal estadual para as fontes renováveis de energia.
Zema argumenta em seu plano de governo que Minas Gerais é o estado com “maior potencial para a produção de energia fotovoltaica e já concentra boa parte dos aportes do setor”.
O objetivo dele com essa proposta é o de dar segurança jurídica, aumentar os investimentos em novos projetos e estimular os consumidores na produção da própria energia com fontes renováveis.
O licenciamento automático de empreendimentos de menor impacto e a ampliação das políticas de regularização fundiária, também são algumas das propostas de Zema para a economia.
O plano de governo de Romeu Zema revê, ainda, a criação de um fundo estadual para a concessão de microcrédito para agricultores familiares, a fim de auxiliar na geração de renda, e a implantação de projetos de incentivo ao turismo.
