Momento é de entrada em Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), sugere BBA
As ações da Suzano (SUZB3) e da Klabin (KLBN4) estão em um bom ponto de entrada para investidores, apesar de riscos envolvendo oscilações no preço da celulose, analisou o Itaú BBA nesta terça-feira (23).
Tanto os papéis da Klabin quanto os da Suzano enfrentam uma queda em seus preços, mesmo com uma alta no preço da celulose no mercado internacional.
Enquanto o preço da celulose de fibra curta subiu 50% no acumulado do ano (de US$ 576/t para US$ 864/t), e o real valorizou apenas 3% (para R$ 5,39/USD), as ações da Suzano e da Klabin caíram cerca 29% no mesmo período.
Os investidores temem impactos de uma queda nos preços da commodity no curto prazo, já que a cotação está no momento de pico.
Os analistas do BBA pontuam, entretanto, que esse movimento está pelo menos parcialmente contemplado na precificação das ações, indicando que o momento atual é um boa oportunidade de entrada para ambos os papéis.
“No caso da celulose, muitos investidores preveem um preço correção a partir do 4T22. Dito isso, acreditamos que o mercado de alguma forma já começou a considerar esse possível reajuste do preço da celulose, dada a dissociação que temos entre os preços das ações e os preços da celulose”, dizem os analistas Daniel Sasson, Marcelo Palhares, Edgard Souza e Barbara Soares.
O BBA considera que os atuais níveis de estoque apresentam uma assimetria de risco interessante e enxergam “um ponto de entrada atraente para ambas as ações”.
A casa manteve recomendação de outperform (equivalente a compra) para as ações da Suzano e da Klabin.
O preço-alvo estipulado para a Suzano é de R$ 63, que implica potencial de alta de 48,4%, dado o fechamento do último pregão. O da Klabin é de R$ 24, com potencial de alta de 33%.
No intradia nesta terça (27), as ações da Suzano operam em alta de 1,91%, cotadas a R$ 43,24. Os papéis da Klabin caem 0,11%, negociados a R$ 18,02%.