XP espera melhora do BTG Pactual (BPAC11) apenas no longo prazo: “Empresa ainda pressionada”
A XP Investimentos informou nesta segunda-feira (26) que começou sua cobertura de B3 (B3SA3) e BTG Pactual (BPAC11), ambas com recomendação neutra.
Sobre o BTG Pactual, a visão da XP é de que o banco de investimentos estará bem posicionado para se beneficiar das taxas de juros mais baixas no médio prazo, “mas esperamos uma pressão contínua sobre o setor no curto prazo. A falta de gatilhos de curto prazo e o limitado potencial valorização após o desempenho robusto nos impedem de sermos mais positivos”, destacam.
Em relação à operadora da bolsa de valores, apesar de ter uma visão positiva sobre a B3, “a ameaça contínua de concorrência e o limitado potencial valorização da ação nos levaram a ter uma visão mais conservadora e colocar como neutro”, explicam os analistas.
“A pressão momentânea do aperto monetário deve começar a diminuir a partir de meados de 2023, favorecendo a recuperação da atividade do mercado de capitais“, diz o texto. A expectativa dos analistas é de que, uma vez que os impactos do aperto comecem a diminuir nos próximos anos, a taxa de juros básica, a Selic, acompanhe o processo.
Os analistas acreditam que isso deve fornecer uma situação mais favorável às ações do BTG Pactual, “o que deve sustentar um earnings momentum mais robusto para os nomes sob nossa cobertura”.
BTG Pactual: Valuation caro, mas ações no preço justo
Na visão dos analistas, mesmo com perspectivas positivas para o BTG Pactual no longo prazo, o valuation está caro e não há gatilhos no curto prazo.
“No entanto, o ambiente desafiador no curto prazo e seu prêmio de valuation após o forte desempenho das ações (+29% no acumulado do ano) nos levaram a ver o preço de suas ações como justos”, diz o relatório.
O preço-alvo para o BTG Pactual é de R$ 30 para o final de 2023.
Cotação
As units do BTG Pactual terminaram o pregão desta segunda em queda de 5,86%, a R$ 23,90.