Fundos Imobiliários

FIIs: Qual é a melhor estratégia diante da queda dos fundos de papel?

Suno Notícias

26 de setembro, 2022

Com a escalada inflacionária desde 2021, os fundos imobiliários de papel assumiram um certo protagonismo no mercado de FIIs, principalmente por entregarem rendimentos acima da inflação.

A valorização das suas cotas também foi uma realidade durante todo esse tempo, com diversos fundos sendo negociados acima do valor patrimonial de suas cotas.

Com dezenas de fundos de papel pagando dividend yield acima de 1% ao mês, o investimento em FIIs de CRI virou uma verdadeira febre.

Mas tudo mudou a partir do mês de agosto. Com a deflação iniciada em julho, muitos fundos imobiliários de papel perderam seu poder de distribuição de dividendos, reduzindo nominalmente seus rendimentos.

Já os fundos imobiliários de tijolo - FIIs que investem diretamente em imóveis - passaram por grande valorização das suas cotas no mercado secundário.

Com a sinalização do Banco Central de que a taxa Selic pode se estabilizar nos próximos meses, o mercado despertou para os fundos de tijolo, que estavam bastante descontados

De repente, muitos FIIs de papel que estavam na “crista da onda”, com rendimentos elevados e cotas valorizadas, caíram.

Rodrigo Medeiros, analista CNPI e fundador do DesmistificandoFII disse que daqui para frente, a estratégia vai depender do objetivo do investidor.

Se a meta é proteger seu portfólio da inflação, continuar investindo em fundos imobiliários de papel é uma boa ideia. “Para que sair vendendo os fundos, por causa de uma queda pontual nos rendimentos?”, questiona o analista.

Trocar fundos indexados à inflação para FIIs com mais ativos atrelados ao CDI também não é uma estratégia recomendável, segundo ele, porque a função de fundos de papel com maior exposição em CDI é diferente dos outros fundos de CRI.

“Os FIIs com ativos atrelados aos CDI têm função de proteger a carteira da alta de juros”, lembra Medeiros.

Uma das melhores características dos fundos de imobiliários é sua capacidade geradora de fluxo de caixa. Por isso o investidor precisa analisar os ativos.

Quando o investidor monta uma carteira de FIIs, ele precisa proteger a maior característica dos investimentos em FIIs - neste caso, o seu fluxo de caixa, afirma Medeiros. Se existir a concentração de um só setor, caso exista algum problema nesse segmento, você pode perder sua geração de caixa, destaca o analista.

Esse foi justamente o maior erro de muitos investidores de fundos imobiliários, que concentraram suas carteiras em fundos de papel. Com a redução da inflação, a diminuição dos rendimentos fez muita gente cair no desespero.

Porém, a diversificação de carteira é a melhor solução para se prevenir da queda de rendimentos dos fundos de papel. Medeiros recomenda ter em torno de 25% de FIIs de papel para uma carteira diversificada.

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