Companhias preferem investidores aos aportes do BNDES
As empresas brasileiras conseguiram obter, em dinheiro, o triplo do valor das contas, dos últimos 12 meses, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).
Duas coisa foram fundamentais para que isso acontecesse:
- Juros mais baixos
- Dinheiro a disposição
Dessa forma, as empresas conseguiram chamar a atenção de investidores. Assim, trocaram os financiamentos de banco por lançamentos de ações e títulos nos mercados nacional e internacional.
Uma pesquisa do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec) aponta que as emissões de títulos chegaram a um total de 220 bilhões. Os números são referentes ao período de 12 meses contados até março.
Neste período as contas do BNDES ficaram em R$ 58 bilhões. Entretanto, se voltarmos aos números de quatro anos atrás, é possível ver uma grande diferença. Em 2015, enquanto as empresas somavam R$ 115 bilhões em lançamentos de débitos, o BNDES faturava R$ 165,9 bilhões. De acordo com o diretor do Cemec, Carlos Antonio Rocca, foi o mercado de capitais que conseguiu compensar o BNDES.
Ainda de acordo com o diretor do centro de estudos, a baixa da taxa Selic, mantida em 6,5% ao ano, e a diminuição das propostas de financiamentos do BNDES fez com que tudo ficasse a favor do mercado financeiro.
Sendo assim, companhias tiveram que ir atrás de novas opções para se financiar, enquanto investidores tiveram que encontrar recursos que poderiam render mais do que os títulos públicos.
Novo presidente do BNDES
Na última quarta-feira (3) o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) elegeu o novo presidente do banco. O engenheiro Gustavo Henrique Moreira Montezano foi eleito em reunião extraordinária. Entretanto, ainda não foi divulgada nenhuma data para ele assumir o cargo.
Gustavo Montezano foi convidado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes para assumir o BNDES. O novo presidente do banco substituirá o economista Joaquim Levy.
