Viação Itapemirim: Justiça de São Paulo decreta falência da companhia
A Viação Itapemirim e suas subsidiárias tiveram sua falência decretada nesta quarta-feira (21) pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
A decisão, proferida pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, atendeu a um pedido do banco Bradesco (BBDC4), um dos credores da companhia. A viação, uma das referências em transporte rodoviário no País, estava em recuperação judicial desde 2016, com dívidas de R$ 253 milhões aos credores, além de R$ 2,2 bilhões em tributos.
“Considerando-se tal quadro, a atual situação jurídica, financeira e comercial das empresas pertencentes ao Grupo Itapemirim, em especial, os trâmites que seriam necessários perante à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para se proceder de forma válida com o arrendamento e posterior venda judicial destes ativos, opina que, no ensejo do art. 99, inciso IX da LREF, o Juízo, ao decretar a falência do Grupo, seja determinado o encerramento de suas atividades, lacração de estabelecimentos e arrecadação de ativos”, diz a decisão.
O juiz autorizou que a Transportadora Suzano assuma a massa falida da Itapemirim para “liquidar os ativos do Grupo” e “resguardar os interesses da coletividade de credores”. Assim, a Transportadora Suzano vai assumir a operação das linhas de ônibus da Itapemirim.
O negócio foi alvo de diversas polêmicas, incluindo brigas entre sócios e administradores, nos últimos anos.
Um dos capítulos mais comentados nos últimos tempos foi quando a companhia, mesmo em recuperação judicial, conseguiu a autorização para montar uma empresa do setor aéreo, a ITA, no auge da pandemia de Covid-19, um dos momentos de maior crise para o segmento.
Depois de anos em gestação, a Itapemirim ficou no ar somente por cinco meses, entre acusações de atrasos de salário e de outros direitos de trabalhadores. No fim de 2021, pouco antes do Natal, a empresa cancelou subitamente seus voos, deixando milhares de passageiro sem atendimento.
(Com informações do Estadão Conteúdo)