Ações da Oi (OIBR3) caem abaixo de R$ 0,50; BTG diz que quadro pode piorar
As ações da Oi (OIBR3) recuavam nesta terça-feira (20) mais uma vez, refletindo incertezas da venda dos ativos móveis da empresa, depois de a Vivo (VIVT3), a Tim (TIMS3) e a Claro pedirem ajustes nos valores.
Os papéis da Oi fecharam em queda de 6,38%, cotados a R$ 0,44. O BTG explica que as companhias de telefonia pedem que o preço de R$ 15,9 bilhões seja reduzido em R$ 3,2 bilhões para incluir métricas piores para:
- novos clientes líquidos;
- dívida líquida;
- capital de giro;
- capex.
A Oi informou que discorda das empresas.
“Acreditamos que o reajuste de preço esteja relacionado principalmente ao número de novos clientes líquidos”, explicam os analistas do BTG, que veem a notícia “muito ruim” para a Oi, que não receberá de imediato o valor de R$ 1,4 bilhão extra retido pelas três teles.
Além disso, o caixa da Oi de curto prazo deve ficar sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver em discussão, diz o BTG.
“Estamos revisando nosso modelo e planejamos publicar novas estimativas nas próximas semanas”, concluíram os analistas.
Oi (OIBR3) contra Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3): o que esperar dessa disputa?
Os analistas da XP Investimentos explicaram por que pode ser positivo para Telefônica (VIVT3) e TIM (TIMS3) o pedido de redução de R$ 3,2 bilhões no preço no valor total dos ativos móveis da Oi (OIBR3), adquiridos pelas teles nos leilões realizados.
De acordo com os analistas, os compradores identificaram divergências em premissas que justificam uma proposta de alteração no valor, totalizando R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhões em benefício da TIM e R$ 1,1 bilhão para a dona da Vivo.
As divergências estão no capital de giro e dívida liquida, Capex, e ajustes na base de clientes.
Cotação
As ações da Oi caíam 4% cotadas a R$ 0,45 às 16h20 desta terça-feira (20).