Temer: apoio de Meirelles a Lula mostra “continuidade de responsabilidade fiscal”

O ex-presidente da República Michel Temer afirmou nesta terça-feira (20) que o apoio de Henrique Meirelles à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode significar a continuidade de políticas da chamada responsabilidade fiscal.

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A fala de Temer sobre Meirelles, ex-ministro da Fazenda de seu governo, ocorreu durante um evento organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

“Ele (Meirelles) vai poder explicar a importância do teto de gastos. Achei boa a aproximação (de Lula) porque Meirelles foi um dos patrocinadores do teto”, afirmou Temer.

Como integrante do governo Temer, Meirelles foi um dos responsáveis pela implantação do teto de gastos, medida que visa conter a expansão das despesas do governo.

Lula e o Partido dos Trabalhadores se mostram contrários à regra fiscal e a expectativa é a de que, se eleito, o então presidente tente revogar o teto.

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Além de ministro da Fazenda de Temer, Meirelles foi presidente do Banco Central durante os dois primeiros mandatos de Lula.

Na segunda-feira (19), ele declarou seu apoio ao candidato petista em um encontro promovido com outros ex-candidatos ao Palácio do Planalto.

“Quero me ater a fatos específicos e que mostram a comparação brutal. Foram oito anos trabalhando juntos no governo. Neste período, mais de dez milhões de empregos  criados, isso é um fato, não é questionável. Cerca de 40 milhões de brasileiros saíram da pobreza. Isso mudou a vida do País”, disse Meirelles, na ocasião.

Na reunião com Lula, também estiveram presentes o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), postulante à Presidência em 2006 e 2018; Fernando Haddad (PT), candidato atual ao governo de São Paulo, e para presidente em 2018; Marina Silva (REDE), que agora tenta vaga de deputada federal e que tentou chegar ao Palácio do Planalto em 2010, 2014 e 2018; Guilherme Boulos (PSOL), candidato a deputado federal e ex-candidato ao governo, em 2018; Cristovam Buarque (Cidadania), candidato em 2006; Luciana Genro (PSOL), que esteve corrida presidencial em 2014; e João Goulart Filho (PCdoB), candidato em 2018.

No evento organizado pelos jornais, Temer disse que espera “ingenuamente” que o teto de gastos seja mantido em todos os cenários após o pleito.

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Laura Intrieri

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