Sai Banco do Brasil (BBAS3) e entra Vale (VALE3) na carteira da Guide
A Guide Investimentos realizou trocas na sua carteira de ações recomendadas para a semana: entra a Vale (VALE3) no lugar de Banco do Brasil (BBAS3) nas apostas de 19 a 23 de setembro.
Entre os ativos que permanecem, estão Petrobras (PETR4), Eletrobras (ELET6), Lojas Renner (LREN3) e Hapvida (HAPV3).
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (19), os analistas afirmam que a rentabilidade da carteira foi negativa na última semana, abaixo do seu índice de referência: o Ibovespa desvalorizou 3,64% e a carteira de ações, -4,89%.
De acordo com a Guide, no período, nenhuma dos papéis chegou a ser apreciado na semana. As ações da Hapvida caíram em valor de mercado, chegando a baixar 10,78% na variação semanal.
“Tivemos mais uma semana negativa nos mercados internacionais, com queda nos principais índices acionários. O estopim para esse sentimento negativo foi o índice de inflação ao consumidor dos EUA, o CPI. Ele subiu 0,1% na comparação mês a mês em agosto, acumulando 8,3% em 12 meses e mostrou alta de 0,6% no núcleo”, comenta Rodrigo Crespi, analista da Guide. “O Ibovespa seguiu o sentimento externo mais negativo após a inflação nos EUA subir acima do esperado. Localmente, o Boletim Focus mostrou novamente uma elevação das expectativas do IPCA para 2024, ainda que para 2023 elas tenham caído.”
A carteira semanal da Guide Investimentos é composta por cinco ações, com peso de 20% da carteira para cada ativo, selecionadas para o período de uma semana.
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Guide: ações de estatais como Banco do Brasil correm risco de cair após as eleições
As estatais brasileiras devem sentir menos o impacto das eleições do que em anos anteriores no Brasil. Contudo, a forte performance das ações estatais em 2022 indica pouco espaço para alta em caso de um cenário positivo pós-eleições. E bastante espaço para quedas em caso negativo. É o que afirmam os analistas da Guide Investimentos, em relatório divulgado nesta terça-feira passada (13).
Analisando o comportamento do Ibovespa nas eleições de 2014 e 2018, os analistas da Guide concluem que o índice atualmente está “no meio do caminho” entre os dois outros pleitos, mas que as estatais acumulam desempenho melhor do que as eleições anteriores — e, quanto maior a subida, maior a queda. É o caso do Banco do Brasil, Cemig (CMIG4) e Petrobras (PETR4).
Segundo Fernando Siqueira, Victor Beyruti e Rafael Pacheco, a relação risco-retorno para empresas estatais “parece ruim” hoje, dada a proximidade das eleições e “diversas declarações de alguns candidatos no sentido de rever a atuação das empresas estatais”.
No dia 17 de agosto, ex-presidente e primeiro colocado nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ser preciso “enquadrar” o Banco do Brasil para que a estatal aja como um “banco público”, e que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria “deixar de fazer empréstimos” a grandes empresas e se dedicar a emprestar a pequenos e médios empresários.
“O Banco do Brasil parece melhor se mantiver orientação governamental. Se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil pensa como banco privado. É preciso que a gente enquadre o Banco do Brasil e vamos rodar com o objetivo de fazer com que os bancos públicos virem bancos públicos”, disse Lula.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) teve trajetória polêmica com sua relação com a Petrobras (PETR4). Durante sua gestão, Bolsonaro trocou o comando da estatal quatro vezes.
Quando o general Joaquim Silva e Luna estava no comando, o presidente dirigiu ataques diretos a ele e sugeriu que havia interesses de Luna e dos sócios majoritários da empresa na alta do preço dos combustíveis.
Bolsonaro também chegou a dizer que a obtenção de lucros por parte da empresa em meio ao elevado preço nas bombas era um “estupro”.
Cotação
As ações do Banco do Brasil fecharam em alta de 1,97%, cotadas a R$ 40,18. No ano, acumulam ganhos de 39,42%.