Weg (WEGE3) e Klabin (KLBN11) devem sofrer mais com recessão na Europa, diz Santander

Empresas como a Weg (WEGE3), Tupy (TUPY3) e Klabin (KLBN11) podem sofrer mais com a crise na Europa do que outras empresas da B3 (B3SA3), segundo levantamento feito pelo Santander (SANB11) divulgado pelo portal Infomoney.

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A estrategista de ações pelo Santander, Aline de Souza Cardoso, realizou um levantamento de quais empresas podem sentir o impacto da recente crise instaurada na Europa. A Weg é uma delas.

Alertas sobre a possibilidade de a Europa entrar em recessão ainda neste ano estão levantando os cabelos de todo o mercado.

Com a crise de fornecimento de energia no continente (que deve ficar ainda mais crítica com a chegada do inverno no hemisfério norte) aliada a pressões inflacionárias globais, os Bancos Centrais ficam cada vez mais pressionados a subir as taxas de juros e lidar com os efeitos econômicos decorrentes disso.

Uma eventual retração pode gerar inúmeros efeitos à economia global, que ainda sofre para se recuperar dos impactos da pandemia — e o o mercado brasileiro não foge à regra.

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Weg está no radar

Na análise do Santander, é possível classificar as empresas ligadas ao continente em algumas categorias.

Na primeira categoria, estão as empresas que são controladas por grupos europeus. Alguns exemplos são Telefônica Brasil (VIVT3), TIM Brasil (TIMS3), Ambev (ABEV3), Engie Brasil (EGIE3), Energias do Brasil (ENBR3), Neoenergia (NEOE3), Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3).

Nessa categoria, o impacto de uma eventual piora da situação econômica europeia é menor. Segundo o banco, mesmo em um cenário de recessão nos países-sede, a receita deve ser pouco afetada, mesmo que aconteçam cortes forçados de custos e uma redução no fluxo de caixa das matrizes.

Nas demais categorias, entretanto, o impacto deve ser maior.

Isso porque se tratam de empresas que têm maior dependência de receita vindas da Europa, como uma maior parcela de seu mercado consumidor, além de uma porcentagem relevante de custos operacionais no continente.

Nesses grupos, cuja exposição à Europa é de 20% ou mais, a previsão é de que gigantes como Iochpe-Maxion, Embraer (MYPK3), Weg, Natura (NTCO3), Klabin, Suzano (SUZB3), CSN (CSNA3), Aeris (AERI3) e Tupy estejam mais expostas à crise.

Na análise do Santander, um inverno rigoroso em ambiente de escassez de energia pode tornar a situação de algumas dessas empresas complicada, por não enfrentarem os mesmos custos de energia de grupos locais concorrentes, divulgou o Infomoney.

No caso da Tupy, Weg e Klabin, se sobressai a forte concorrência no norte e no centro do continente, área de maior risco de queda na oferta de gás russo.

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Laura Intrieri

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