IFIX sobe 0,19% e fecha 8ª semana seguida em alta; XPRP11 é destaque

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta sexta-feira (9) em alta de 0,19%, aos 2.980,06 pontos. Com ganhos acumulados de 0,08%, o índice teve a oitava semana consecutiva no positivo.

A cotação do IFIX teve sua máxima diária em cerca de 2.980,24 pontos, enquanto a mínima foi de 2.974,42 pontos. O principal destaque de alta da sessão foi o XP Properties (XPRP11), que avançou 2,67%, liderando as maiores altas da sessão.

A segunda posição do IFIX hoje foi ocupada pelo FII Vinci Offices (VINO11), com ganhos de 2,04%, seguido por Versalhes Recebiveis (VSLH11), que subiu 1,96%.

No campo oposto, quem teve as maiores perdas do dia foi Rio Bravo Ifix (RBFF11), com -3,65%, seguido por Hectare (HCTR11), que caiu 1,52%, e REC Renda Imobiliária (RECR11), que desvalorizou 1,50%,

Maiores altas do IFIX

As 5 maiores altas do IFIX foram:

  • XPRP11: +2,67%
  • VINO11: +2,04%
  • VSLH11: +1,96%
  • XPML11: +1,82%
  • RBRP11: +1,73%

Maiores baixas do IFIX

As 5 maiores quedas dos FIIs hoje foram:

  • RBFF11: -3,65%
  • HCTR11: -1,52%
  • RECR11: -1,50%
  • BCRI11: -1,46%
  • RBRF11: -1,14%

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RECR11 reduz rendimentos mais uma vez. O FII deixou de ser atrativo?

O fundo imobiliário REC Recebíveis Imobiliários (RECR11) divulgou na última quinta-feira (8) seus resultados, informando a redução dos seus rendimentos. Pela terceira vez seguida, o fundo de recebíveis anunciou que seus cotistas receberão menos dividendos.

Os dividendos do RECR11 divulgados pela gestora foram de R$ 0,80 por cota, o equivalente a um dividend yield de 0,85% no mês. De acordo com dados do Status Invest, a primeira redução de rendimentos do RECR11 foi em julho, com pagamento de R$ 1,15 por cota. No mês de agosto, o FII distribuiu R$ 1,02 aos seus investidores, até chegar ao valor deste mês.

Porém, a gestora mostrou no relatório gerencial que o FII tem sido rentável no longo prazo. Prova disso é que no acumulado dos últimos 12 meses a distribuição de rendimentos do FII corresponde a 14,6% a.a., ou o equivalente a 143% do CDI.

Na opinião dos analistas do Banco do Brasil Investimentos, a redução dos rendimentos do RECR11 não faz do fundo um “mal investimento”. “Ainda que haja uma preocupação em relação a uma eventual queda dos rendimentos em função do arrefecimento da inflação no médio prazo, entendemos que o fundo deve seguir pagando dividendos acima da média do mercado”, afirma o BB Investimentos.

Deste modo, os analistas do banco dizem que a carteira de ativos do fundo é bastante diluída, com cerca de 90 operações de CRIs vigentes. Neste ponto, a qualidade do portfólio é ressaltada pela casa, sendo que os analistas acreditam que “o fundo deve seguir pagando dividendos acima da média do mercado”.

Muitos fundos imobiliários que investem na dívida do setor imobiliário, como o RECR11, estão enfrentando dificuldades para manter o patamar de dividendos dos meses anteriores à deflação. Com a redução da inflação entre os meses de junho e agosto, os FIIs que possuem muitos ativos indexados ao IPCA estão distribuindo rendimentos menores.

No caso do RECR11, cerca de 82% dos CRIs de sua carteira estão indexados ao IPCA, enquanto apenas 17% dos ativos estão atrelados ao CDI. Neste ponto, os fundos com maior parte dos ativos com taxas em CDI estão passando pela deflação com dividendos maiores.

Em contrapartida, em agosto, o RECR11 investiu em ativos indexados ao CDI. Como complemento, o FII também fez alocações em CRIs indexados ao IPCA, mas com taxas elevadas, buscando retornos maiores. Confira abaixo:

  • CRI Cortel 2: taxa de CDI + 3,50% ao ano
  • CRI Cortel 3: CDI + 3,50% ao ano
  • CRI H2 Energy: IPCA + 10,50% ao ano;
  • CRI SG Aquiraz: taxa de IPCA + 9,50% ao ano;
  • CRI Hotel Rosewood: taxa de IPCA + 7,50% ao ano

O FII REC Recebíveis Imobiliários é um fundo imobiliário do tipo papel com foco na gestão ativa de ativos de renda fixa com preponderância em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com participação de 2,304% no IFIX.

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Victória Anhesini

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