Eike Batista e credores se desagradam com oferta do BTG Pactual (BPAC11) por dívida da MMX

Tanto Eike Batista quanto seus credores, agora, estão do mesmo lado. Ambos estão desagradados com a oferta feita pelo BTG Pactual (BPAC11) aos títulos de dívida da Anglo American e detidos pela MMX. Segundo apuração do Estadão/Broadcast, ambos devem ir à Justiça contra a solução proposta pelo banco para comprar as debêntures.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2021/05/6cd60e56-banner-home-3.jpg

A mineradora de Eike Batista está realizando o leilão das debêntures a fim de reduzir a dívida, integrando o processo de recuperação judicial da empresa.

O entendimento de Eike e dos credores é de que o BTG está sendo favorecido, pois o banco apresentou proposta no dia seguinte à divulgação das novas condições para a venda das debêntures pela Juíza Claudia Helena Batista, da 1.ª Vara Empresarial de Belo Horizonte.

A decisão elimina a hipótese de novo leilão, que chegou a ser marcado para segunda (12), conforme reportado pelo Suno Notícias.

Além disso, o prazo para apresentação de propostas seria de três dias úteis, contados a partir das 18h de segunda (12). A ideia era garantir a venda por pelo menos R$ 360 milhões.

Conforme documentos obtidos pela reportagem, o BTG apresentou proposta na terça (6), que foi prontamente aceita pelo administrador judicial da MMX. A XP Asset e o Banco Modal manifestaram interesse em entrar no processo ontem.

No entanto, como a proposta do BTG já foi aceita pelo administrador, os demais proponentes teriam de apresentar oferta 1% superior aos R$ 360 milhões e mais 3% sobre a oferta para custeio da due dilligence (investigação prévia) feita pelo BTG para aquisição do ativo.

Segundo o colunista Lauro Jardim, contudo, a oferta feita pelo BTG Pactual foi na condição de ‘stalking horse‘ – quando uma proposta é feita, mas deixa em aberto a possibilidade para que outras propostas também possam ser feitas.

Fontes a par do assunto também citam que o Credit Suisse participará do leilão, assim como as gestoras OakTree e Royalty, e a também corretora Argenta Securities.

No caso da Argenta, foi feita uma proposta de cerca de R$ 612 milhões no último leilão, ficando abaixo do preço mínimo estabelecido, de R$ 1,25 bilhão. Com isso, o leilão foi postergado.

Os recursos arrecadados vão para a redução da dívida da MMX, incluindo o acordo de delação que a empresa fechou com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Procurados, BTG e XP não se pronunciaram até o fechamento desta reportagem.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

Entenda o leilão da mineradora de Eike Batista

O leilão marcado para a segunda-feira (12) é das debêntures participativas que eram detidas pela MMX, mineradora da EBX, o conglomerado empresarial de Eike Batista.

Os papéis remontam transações da década passada, já que estão envolvidos na operação de venda da antiga Minas-Rio à Anglo American em meados de 2008.

Os valores discutidos atualmente, de cerca de R$ 360 milhões, ficam bem abaixo dos lances mínimos das tentativas anteriores. Isso pois, em leilões anteriores dos títulos, a exigência era de R$ 1,2 bilhão.

Na primeira tentativa de vender a dívida da empresa de Eike Batista, o lance mínimo era de R$ 1,8 bilhão.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno