B3 (B3SA3): banco corta preço-alvo e reduz projeções de lucro para 2022 e 2023

O UBS-BB acredita que a B3 (B3SA3) deve continuar pressionada nos próximos trimestres, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (6). A previsão ocorre apesar dos volumes médios de negociação da B3 estarem começando a se recuperar, e com a possibilidade de impulsão com a queda nas taxas de juros em 2023.

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Os analistas apontam que os patamares da B3 ainda estão baixos, quadro que fica ainda pior com despesas financeiras e custos maiores. Houve um corte, portanto, de 4% e 6% nas estimativas de lucro líquido ajustado da B3 para 2022 e 2023, respectivamente.

O UBS-BB reitera recomendação de compra de ações da B3, mas o banco cortou o preço-alvo para R$ 15, de R$ 16 anteriormente. O novo valor corresponde ao potencial de valorização de 17% sobre o fechamento do ativo na última segunda-feira (5), de R$ 12,85.

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Com a revisão do banco de investimentos e as falas dos dirigentes do Banco Central nesta segunda (4) sobre uma possível nova elevação na taxa de juros básica, a Selic, na próxima reunião do Copom, os papéis da B3 encerraram a sessão de hoje em queda de 3,57%, a R$ 12,39.

A revisão nas projeções do UBS-BB foi realizada após reunião com Fernando Campos, diretor associado de relações com investidores da companhia.

Os analistas do banco destacam alguns pontos principais sobre a B3. O volume médio de negociação diária (ADTV), que sinalizou recuperação em agosto, atingindo R$ 29 bilhões, ante os R$ 22 bilhões de julho, ainda está abaixo do patamar esperado.

Os analistas mencionaram a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a criação de block trades, sistemas especiais de negociação para grandes lotes de ação negociados de uma só vez.

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A CVM estima que a nova regulação pode impactar o ADTV da B3 em 10%, em um cenário realista. No pior caso, o efeito seria de 20% a 30%, mas os analistas do UBS-BB acham improvável que isso aconteça.

Mas a Neoway, empresa de big data e analytics adquirida pela B3 no fim de 2021, é uma boa notícia: a subsidiária tem performado de acordo com os planos e deve alcançar breakeven (ponto de equilíbrio entre custos e receitas) no ano que vem. A expectativa é de melhorias na margem por meio de crescimento da receita e da diluição de custos.

Por fim, a gestão da B3 afirmou que, em relação à concorrência, o principal ponto de preocupação está nas novas tecnologias, e não em precificação. “A competição está sendo monitorada em todas as frentes”, diz o relatório do UBS.

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Victória Anhesini

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